LITERATURAnews | Venha explorar as infinitas possibilidades da vida em "A Biblioteca da Meia-Noite"
Matt Haig é um escritor britânico reconhecido por sua abordagem sensível, profunda e empática a temas complexos como saúde mental, existencialismo e a busca por sentido na vida. Seu trabalho abrange tanto ficção adulta quanto infantil. Um de seus livros mais renomados é "A Biblioteca da Meia-Noite", uma obra que captura a imaginação e conquista o coração dos leitores ao explorar as infinitas possibilidades da vida que cada escolha nos apresenta.
Este romance incrível fala dos inúmeros rumos que a vida pode tomar e da busca incessante pelo caminho certo. A personagem principal, Nora Seed, é uma mulher que se encontra em um momento de profunda desesperança com sua vida. Sentindo-se esmagada pelo peso das decisões passadas e das oportunidades perdidas, Nora decide acabar com sua vida. No entanto, em vez de encontrar o fim, ela é transportada para um lugar entre a vida e a morte chamado de "A Biblioteca da Meia-Noite".
Logo no começo do livro o autor nos questiona com o seguinte trecho:
“Entre a vida e a morte, há uma biblioteca", disse ela. “E, dentro dessa biblioteca, as prateleiras não tem fim. Cada livro oferece uma oportunidade de experimentar outra vida que você poderia ter vivido. De ver como as coisas seriam se tivesse feito outras escolhas...Você teria feito algo diferente, se houvesse a chance de desfazer tudo de que se arrepende?”
Se este tipo de literatura lhe interessa, com certeza este livro é para você! Aqui vão mais alguns trechos do livro para instigar a sua curiosidade:
“O universo tende ao caos e a entropia. Essa é uma lei básica da termodinâmica. Talvez seja uma lei básica da existência também.” Do capítulo Viver é sofrer - página 23
“Bertrand Russell escreveu que temer o amor é temer a vida, e quem teme a vida já está a meio caminho da morte. Do capítulo Sobrecarga de arrependimento - página 49
“Você já se perguntou alguma vez como eu vim parar aqui? Tipo você está no meio de um labirinto, e totalmente perdida, e a tudo culpa sua, porque foi você quem pegou cada um dos desvios? E você sabe que existem muitos caminhos que poderiam ter te ajudado a sair, porque você ouve todas as pessoas do lado de fora do labirinto que conseguiram passar por ele, e elas estão sorrindo e gargalhando. E, às vezes, você as vê de relance através das cercas vivas. Uma silhueta fugaz entre as folhas. E elas parecem tão felizes por terem saído, e você não se ressente delas, mas de si mesma, por não ter a mesma capacidade que elas tiveram em achar a saída? Já? Ou esse labirinto é só para mim?”. A penúltima atualização de status que Nora havia postado antes de se ver entre a vida e a morte - página 73
“Cada universo existe por cima de todos os outros universos. Como um milhão de fotos em papel vegetal, todas com ligeiras variações dentro do mesmo quadro. A interpretação dos muitos mundos da física quântica sugere a existência de uma quantidade infinita de universos paralelos divergentes. A cada momento da sua vida, você entra num novo universo. Com cada decisão que toma.” . Do capítulo Vida e morte - página 160
“Nora havia lido sobre multiversos e entendia um pouco de psicologia da Gestalt. De como o cérebro humano absorve informações complexas sobre o mundo e as simplifica, de modo que, quando uma pessoa olha para uma árvore, ela traduz a massa de folhas e ramos intrincadamente complexa nessa coisa chamada árvore. Ser humano é resumir o mundo continuamente em uma história compreensível que mantém as coisas simples. Ela sabia que tudo o que os seres humanos veem é uma simplificação. Uma pessoa enxerga o mundo em três dimensões. Isso é uma simplificação. Os seres humanos são fundamentalmente criaturas limitadas e generalizadoras, vivendo no piloto automático, que tornam retas as ruas curvas em sua mente, o que explica por que se perdem o tempo todo.” Do capítulo Vida e morte e a função de onda quântica - página 163
Até o nosso famoso arquiteto Oscar Niemeyer é mencionado em uma das vidas de Nora:
“O ônibus encostou em frente ao hotel grandioso no meio de um bosque. Carros sofisticados com vidro fumê. Árvores decoradas com fios de luz LED. Uma arquitetura de outro planeta. É um antigo Palácio - explicou Joanna. - Projetado por um grande arquiteto brasileiro. Esqueceu o nome dele. - Ela pesquisou no celular. - Oscar Niemeyer disse, depois de um instante. - Modernista. Esse aqui é mais luxuoso que o restante da sua obra. Melhor hotel do Brasil.” Do capítulo Ryan Bailey - página 184
“Concluiu que não havia tentado pôr fim a sua existência porque estava infeliz, mas porque tinha conseguido se convencer de que não havia saída para sua infelicidade. Aquela, imaginou, era tanto a base da depressão quanto a diferença entre medo e desespero. Medo era quando você entrava no porão e ficava preocupada de a porta bater e se fechar. Desespero era quando a porta se fechava e se trancava atrás de você.”
Do capítulo As muitas vidas de Nora Seed - página 230
“Nós só sabemos o que percebemos. Cada coisa que vivenciamos é, basicamente, apenas a nossa percepção dela. Não é aquilo para o que você olha que importa, mas o que você vê.” Do capítulo Perdida na biblioteca - página 234
Outros livros de sucesso do mesmo autor são “Razões para continuar vivo”, “Observações sobre um planeta nervoso”, “A possessão do Sr. Cave”, “Como parar o tempo”, “Os humanos”, “Os Radley” e “Sociedade dos pais mortos”.
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