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  • Foto do escritorAlexandre Madruga

ENTREVISTA | Comandante do CFAP recebe o Sulacap News


A frente do Comando do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP) da Polícia Militar, desde o inicio do ano, o Cel. Marcelo Teixeira tem quase 28 anos de PM, possui formação e pós-graduação em educação física e mestrado em saúde e meio ambiente.

Nessa segunda-feira (23), o Cel. Marcelo Teixeira recebeu a reportagem do Sulacap News, ganhou um DVD com o documentário do Jardim Sulacap (que conta parte da história do CFAP) e mostrou-se apaixonado pela formação, ensino e história, preocupado com ações sociais e ciente da importância da relação com a comunidade do entorno do CFAP.

SN: Rotineiramente, os moradores reclamam dos carros parados nas ruas do bairro Jardim Sulacap. Essa reclamação chegou até o senhor?

Cel. Marcelo Teixeira: Já recebi algumas informações a respeito e sobre elas tenho algumas observações. Primeiro acho importante dizer que é possível que, dentre o grande número de veículos estacionados no entorno alguns sejam de alunos ou profissionais das Unidades que integram a Invernada dos Afonsos, todavia há alguns aspectos importantes que precisamos observar. Nós disponibilizamos um grande número de vagas que são ocupadas por carros de alunos devidamente cadastrados e, ainda, incentivamos a carona solidária, que visa não somente a redução do número de veículos mas também a segurança nos deslocamentos.Ocorre que o trânsito e o espaços na região, por diversos motivos, já apresentam problemas. Atentos em entender qual o real impacto de veículos de alunos e profissIonais que porventura estejam estacionando no entorno da invernada, monitoramos o local num dia sem expediente e verificamos, ainda assim, um número elevado de veículos no entorno, o que nos leva a crer que existem outros públicos que se utilizam dos locais como estacionamento por diversos motivos ( a estação do BRT é possivelmente um desses). Não obstante ao que foi exposto, caso um veiculo de qualquer profissional da invernada seja flagrado infringindo quaisquer das normas de trânsito, pode e deve ser devidamente sancionado pelos órgãos legais.

SN: Falando em exemplo, o senhor já recebeu informe de viaturas fazendo a bandalha na saída da Transolímpica?

Cel. Marcelo Teixeira: Nunca testemunhei. As viaturas policiais podem, em situações cujas necessidades operacionais justifiquem, adotar ações que por rotina não são permitidas aos veículos normais. Todavia, tanto neste contexto quanto na questão do estacionamento, permanece o entendimento de que somos profissionais que tem na lei seu elemento norteador e que, portanto, mais que cumpridores precisamos ser exemplo aos demais.

SN: A comunidade do entorno percebeu um novo tipo de policiamento a pé e em trio. É um projeto do CFAP?

Cel. Marcelo Teixeira: Os alunos de nosso curso de formação de soldados executam práticas, rotinas e procedimentos policiais militares. Numa fase mais avançada na formação, essas ações começam a ser realizadas no ambiente externo. As ações que vocês estão testemunhando visam a melhor formação do nosso futuro soldado da policia militar. È fundamental que eles sejam aprimorados para melhor servir a sociedade. As ações são sempre acompanhadas por profissionais já formados e com experiência.

SN: Mas é um projeto definitivo?

Cel. Marcelo Teixeira: Sim, as oficinas de rotinas e práticas operacionais está inserida de modo permanente na formação dos nossos soldados policiais militares.

SN: Percebi muitas sinalizações em pontos históricos do CFAP e confesso que não tinha visto isso em outras visitas a unidade. É uma novidade da sua gestão?

Cel. Marcelo Teixeira: É a nossa história. A área atual do CFAP deriva de uma fazenda onde a Família Real repousava nas viagens para Santa Cruz. Aqui dentro tem muito da história e também da nossa historia. Desde a Escola de Recrutas (1933) até o nosso CFAP-31 de Voluntários (1967). Adorei receber o DVD do documentário da Sulacap, pois é mais uma oportunidade de descobrir e pesquisar sobre a nossa história que registra, por exemplo, que até chegarmos a composição do atual terreno houve vários acordos e cessões. Num deles, o Ministério da Guerra obrigou-se, dentre outras coisas, a desviar a linha de bonde que por aqui passava, cujos trilhos cortados adornam todo nosso pátio de paradas, e a ceder 500 espadas com bainha, cujo um dos exemplares foi localizado e será restaurado. Nosso desejo é estabelecer no CFAP um corredor cultural e histórico que possibilite aos alunos das escolas de nossa região e aos integrantes da comunidade conhecerem um pouco mais de nossa rica história, aproximando-os da Policia Militar.

SN: O senhor relata uma preocupação com o público em saber mais do CFAP. É uma aproximação de quem mora no entorno?

Cel. Marcelo Teixeira: Quero aproveitar as possibilidades de interlocução existentes, e o Sulacap News é a mais atuante e representativa, para ouvir e participar das questões próprias da região. Fazemos parte do bairro, somos e estamos em Sulacap. Assim como os moradores, também somos impactados com o trânsito no local e por vezes, em especial nos dias dos eventos, também o impactamos. Estamos atentos às diversas questões. Veículos particulares que diariamente param próximo ao terminal do BRT, veículos que realizam bandalhas após a alça de descida da transolimpica e o canteiro central próximo ao retorno em frente ao CFAP que pode ser reduzido para melhor acomodar a fila de veículos que se utilizam do retorno são alguns exemplos. Buscamos a interlocução com a ViaRio (administradora da Transolímpica) para alinharmos algumas ações e temos a expectativa que se realizem e possibilitem a melhoraria o entorno.

SN: Depois de 20 anos, o desfile cívico não foi nas ruas do bairro Jardim Sulacap e foi aqui dentro. Como foi o desfile na sua opinião?

Cel. Marcelo Teixeira: Quando nos procuraram para realizar o desfile não vi outra alternativa que não fosse abrir as portas do CFAP. Não contribuir para um dia cívico não é uma possibilidade. Não obstante às divergências identificadas entre alguns integrantes e representantes das diversas associações, nos reunimos, planejamos e entregamos algo bom para a comunidade. Foi um grande dia cívico, repleto de escolas, crianças e pais, todos satisfeitos. Espero que o desfile permaneça no calendário de eventos da região. Sendo no CFAP ou qualquer outro local definido pelos organizadores, o importante é que seja realizado com o espírito e valores cívicos que muito agregam na formação de nossas crianças, jovens e da nossa própria sociedade como um todo.


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