FISIOnews | Escoliose: alterações e tratamento
- Leandro Borges - Fisioterapeuta
- May 7, 2019
- 3 min read

Ao se olhar no espelho você percebeu algo diferente e assimétrico. Vejamos, você pode ter notado uma cabeça desalinhada, mais inclinada para um lado, um ombro mais alto que o outro, um braço mais afastado do corpo que o outro, um "calombo" nas costas somente de uma lado da coluna, que nós chamamos de gibosidade, a escápula ou omoplata fica mais proeminente que o outro lado, o quadril algumas vezes fica desnivelado ou então quando você está de frente para o espelho percebe que um joelho fica dobrado e o outro esticado para poder tentar corrigir um desvio da coluna. Você pode estar diante de uma escoliose.
A escoliose é uma deformidade tridimensional, sendo muito importante diagnosticar a sua causas. Popularmente ela é conhecida como desvio lateral com rotação da coluna, e algumas vezes com reversão da curvaturas, no caso das cifoses e lordoses. A escoliose poderá ser em forma de "C"ou "S".
Quais são os tipos ?
- A congênita o bebê já nasce com o problema;
- A degenerativa ocorre devido a doenças degenerativas da coluna, como por exemplo a artrose;
- Na Tumoral a coluna é empurrada pela massa ou o tumor está instalado na própria coluna;
- A neuromuscular acontece quando existe algum problema neurológico, um exemplo disso é a paralisia cerebral;
- A idiopática é a mais comum, quando a causa não é conhecida. Ela está dividida por faixa etária, são elas:
Escoliose idiopática infantil (até 3 anos de idade); Escoliose idiopática juvenil (a partir dos 3 até a puberdade); Escoliose idiopática do adolescente (a partir da puberdade até a maturidade óssea completa); Escoliose idiopática Adulta (quando as pessoas já atingiram a maturidade esquelética).
Quando a escoliose é descoberta ainda muito cedo é importante o acompanhamento prolongado até que a criança se torne adulta, ou seja, até a maturidade óssea. O tratamento deverá ser realizado com uma equipe de profissionais: fisioterapeuta, médico, psicólogo e o técnico do colete (caso use). É claro, a família será super importante para o sucesso do tratamento dando o total apoio.
Quanto mais precoce o tratamento, melhor será o prognóstico, pois evita a progressão da curvatura e maiores problemas futuros. O planejamento do tratamento vai depender do grau da escoliose. O tratamento vai desde o tratamento conservador com fisioterapia, pilates ou RPG, até aos coletes ou cirurgia.
Graus da escoliose:
- Até 10 Graus : Não é necessário a fisioterapia, mas já é interessante fazer um pilates clínico para correção da postura.
- 10 a 20 graus: Já existe a necessidade de iniciar um tratamento com o fisioterapeuta.
- 20 a 40 graus: Fisioterapia + uso de colete.
- Acima de 40 graus: O tratamento é cirúrgico.
Na fisioterapia temos que tratar a pessoa inteira, olhar a doença e as limitações, evitando os danos que são secundários, através de exercícios específicos e elaborados com muito cuidado. É muito importante que o profissional que está acompanhando o paciente fique sempre alinhando a postura dele durante o exercício e dê orientações para que cada dia ele tenha mais consciência do seu próprio corpo. A busca pela estabilidade da coluna vertebral é muito importante, não só estaticamente (parado) mas também dinamicamente (movimentando).
No caso em que o tratamento conservador não houve sucesso, existirá a indicação de cirurgia. A correção da escoliose através fixação na posição fisiológica correta será realizada, chamada de artrodese. Essa correção é feita através do alinhamento das vértebras, utilizando implantes metálicos colocados no dorso ou pelo tórax.
Quando mais rápido procurar uma ajuda profissional, melhor será o prognóstico!
Leandro Borges é Fisioterapeuta e Instrutor de Pilates
Pós-graduado em Traumato-ortopedia com ênfase em Terapias Manuais.
Email: leandrorjfisio@hotmail.com
Blog do Facebook: Fisiot. Leandro Borges
Contato: 99550-9212 ( whatsapp ).
















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