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Rosana Carvalho

Praça na Taquara terá Clínica da Família no segundo semestre desse ano


Prefeitura promete retorno das obras após retirada dos tapumes

Moradores de Jacarepaguá podem voltar a ter esperança de mais uma opção de tratamento de saúde na região. O projeto foi gerado em 2014 quando um acordo do ex-prefeito Eduardo Paes junto à Câmara de Vereadores arrecadou cerca de R$ 130 milhões, mais recursos próprios da prefeitura para a construção de 50 unidades. Até o término dessa gestão, foram 28 inauguradas. Com o início do novo governo, outras sete foram construídas. De acordo com a Secretaria de Urbanismo, Infraestrutura e Habitação, a retomada das obras ocorre gradativamente conforme a liberação pelo Tribunal de Contas do Município da destinação orçamentária, não programada pelo antigo prefeito para a liberação após o mandato. O valor médio de cada clínica está em torno de R$ 5 milhões e o prazo para a conclusão de 10 meses.

A construção da clínica na Praça Valdir Vieira foi suspensa por Eduardo Paes em 2016 e hoje, no local, ainda constam as tubulações expostas. Com a abertura do orçamento em 2018, a obra está reprogramada para o segundo semestre desse ano. A promessa é de que mais de 27 mil moradores das comunidades da Boiúna, Catonho e Meringuava sejam beneficiados.

A intenção da prefeitura é cuidar da saúde básica da população, evitando a lotação dos hospitais de emergência que precisam priorizar os casos mais graves. O Hospital Federal Cardoso Fontes é o mais próximo da região, localizado à 10 km. Com a implantação das clínicas da família, oferecendo atendimentos ambulatoriais, acompanhamento regular e a prevenção de doenças, a demanda nesses grandes centros médicos pode reduzir mais que a metade.

A dona de casa e freqüentadora da praça, Maria de Lourdes, 67 anos, é a favor da novidade. “A população estava animada e ansiosa para a inauguração da clínica, porque tem muitas pessoas na região que necessitam desse serviço”.

Apesar da mudança da localização do projeto inicial que acarretaria na destruição da área de lazer da praça, alguns moradores da região continuam não acreditando no sucesso da obra. O vigia, Luciano Candido, 42 anos, não vê benefícios. “A cidade está com tantos postos de saúde e hospitais municipais sem profissionais, equipamentos e medicação para atender a demanda do povo, acho desnecessário mais investimento em novas unidades”.

Antônio Carlos, diretor da Acija (Associação Comercial e Industrial de Jacarepaguá) falou sobre as benfeitorias que poderão acontecer no entorno da região. “Acredito que a realização da clínica vai estimular o crescimento do comércio local. Estamos torcendo para a conclusão do projeto.”


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