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  • Cristiane Pontes - Enfermeira

SAÚDEnews | Intoxicação Alimentar: Dicas para evitar esse perigo durante as festas de Natal e Ano No


A intoxicação alimentar é uma doença causada pela ingestão de alimentos que contém organismos como bactérias, parasitas ou vírus. A infecção bacteriana é a principal causa de intoxicação alimentar.

São encontrados principalmente na carne crua, frango, peixe e ovos, mas podem estar em qualquer tipo de alimento. A contaminação pode ocorrer durante a manipulação, preparo, conservação e/ou armazenamento dos alimentos. Quanto mais microrganismos estiverem presentes no alimento ingerido, maior é a probabilidade de infecção e doença.

Independente do microrganismo determinante, os sintomas da intoxicação alimentar aguda normalmente são parecidos.

Alimentos processados industrialmente, possuem longa vida de prateleira em refrigeração, caso a temperatura seja inadequada durante a refrigeração desses produtos, eles também podem se tornar fontes de infecção.

É difícil detectar se os alimentos ou as bebidas estão contaminados, pois, o aspecto, o sabor e o cheiro poderão não ser afetados.

A intoxicação alimentar pode afetar uma pessoa ou um grupo de pessoas, se todos tiverem ingerido o mesmo alimento contaminado. Se um grupo de pessoas que tenha ingerido os mesmos alimentos e bebidas apresentarem os mesmos sintomas, temos o chamado surto por intoxicação alimentar, muito comum nessa época do ano.

Os períodos de incubação são diferentes para cada causa de intoxicação alimentar. Algumas causas produzem sintomas em 30 minutos a algumas horas, mas a maioria dos casos de intoxicação alimentar desenvolve sintomas depois das 12/48 horas. Outros podem demorar alguns dias ou até uma semana para os sintomas aparecerem.

A intoxicação alimentar normalmente dura 1 a 3 dias, mas pode continuar até uma semana, dependendo do tipo de bactéria, da severidade da infecção e do estado de saúde. A maioria das pessoas recupera totalmente dentro de uma semana.

O tratamento para intoxicação alimentar depende da origem da doença e a gravidade dos seus sintomas. O tratamento das infecções alimentares bacterianas pode incluir o uso de antibióticos (sempre com prescrição médica), casos de perda maior de líquidos e risco de desidratação, receberão medicamentos para controlar as náuseas e os vômitos, assim como a reposição de líquidos e sais por via endovenosa.

Sintomas de intoxicação alimentar:

• Diarreia (mais comum)

• Náuseas

• Vômitos

• Dor abdominal e cólicas

• Febre

Desidratação severa ou infecção mais grave, calafrios, fezes com sangue/muco, desidratação, dores musculares, fraqueza e exaustão, são sinais de agravamento da doença. Em casos muito raros, a intoxicação alimentar pode causar danos no sistema nervoso. Em casos extremos, pode até causar paralisia ou morte.

O diagnóstico é feito pelo médico e leva em conta os sintomas da doença. Exames são solicitados para ajudar no diagnóstico e tratamento.

Maior risco de complicações em caso de intoxicação alimentar:

• Idosos

• Mulheres grávidas

• Bebês e crianças.

• Pessoas com doenças crônicas, exemplo: diabetes, hepatite ou HIV/AIDS.

Atitudes simples na hora de manusear o alimento que podem ajudar a prevenir a intoxicação alimentar:

• Lave bem as mãos, os utensílios e as superfícies com água e sabão antes e depois de manusear ou preparar alimentos.

• Mantenha os alimentos crus separados de alimentos prontos para o consumo, isso impede a contaminação cruzada

• Cozinhe os alimentos a uma temperatura segura.

• Refrigerar ou congelar alimentos perecíveis até duas horas após comprá-los. • Coloque os alimentos frios no frigorífico ou congelador assim que os comprar • Mantenha sempre a carne ou peixe cru cobertos, no fundo do freezer/refrigerador. • Lavar latinhas de refrigerantes ou outras bebidas com água e sabão. • Descongele os alimentos com segurança: A maneira mais segura para descongelar alimentos é na geladeira. • Manter água fria corrente sobre a comida também descongela com segurança. • Embale adequadamente os alimentos antes de colocá-los na geladeira ou no freezer. • Evite comer carne crua ou malpassada. • Evitar comer ou beber sucos de brotos crus, leite não pasteurizado e produtos lácteos fabricados a partir de leite não pasteurizado • Alimentos devem ficar aquecidos a uma temperatura de 70º ou dentro de geladeira

Organização do freezer ou geladeira: Não encher demais pois a quantidade excessiva de alimentos e bebidas impede a circulação do ar refrigerado

• Refeições podem permanecer até no máximo duas horas fora da geladeira sobras de comida em cima do fogão ou dentro de forno desligado, devendo ser guardadas o mais rápido possível sob refrigeração.

• As refeições reaquecidas devem ser fervidas.

• Lavar as mãos antes de manusear ou tocar em alimentos prontos a ingerir.

• Não deixe que os “sucos” da carne crua entrem em contato com outros alimentos. • Utilizar duas tábuas de corte diferentes para alimentos crus e para alimentos prontos a ingerir. • Não misturar alimentos de origens diferentes, como carnes e verduras, em cima da pia. • Não usar a mesma faca durante a preparação de diferentes alimentos. • Lavar frutas e verduras com água potável e depois higienizá-las com hipoclorito de sódio (siga as instruções do rótulo ou da bula do produto). • Mergulhe verduras e hortaliças que serão ingeridas cruas em hipoclorito de sódio (de acordo com instruções do produto). • Cozinhar, assar ou fritar muito bem os alimentos a serem consumidos. • Não consumir alimentos de procedência clandestina ou desconhecida

Por se tratar de uma fonte em potencial para a transmissão da Salmonella Enteritidis, bactéria responsável por casos de gastroenterites, não se deve consumir ovo cru ou malcozido assim como pratos à base de claras e gemas cruas.

Frango:

Representa um risco durante a preparação de alimentos, as bactérias presentes no mesmo, podem ser transferidas para as mãos e dessas, para os alimentos prontos para o consumo.

ATENÇÃO:

Qualquer alimento, se preparado sem higiene ou malconservado, pode causar intoxicações.

Cristiane Pontes é Enfermeira, Professora, Socorrista e Especialista em Saúde Coletiva pela EEAN/UFRJ.Facebook: Cris PontesEmail para dúvidas, críticas e sugestões: crismp.enf@hotmail.com

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