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  • Foto do escritorDa Redação

Estado do Rio tem a primeira reitora negra de uma instituição de ensino superior

Luanda Moraes foi empossada como nova reitora da Uezo

Simbolismo e representatividade marcaram a cerimônia de posse da nova reitoria da Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste (Uezo), nesta quinta-feira (25), no Palácio Guanabara. Os professores Luanda Silva de Moraes e Dario Nepomuceno da Silva Neto foram empossados pelo governador em exercício Cláudio Castro para os cargos de reitora e vice-reitor, respectivamente, para o quadriênio 2021-2025. Com 16 anos de existência, a Uezo é um dos principais polos de ensino da Zona Oeste da capital do estado e, pela primeira vez, uma instituição de ensino superior do Rio de Janeiro tem como reitora uma mulher negra.

Luanda, de 43 anos, é a terceira reitora eleita da Uezo, onde ingressou em 2009 como professora temporária. Três anos depois, foi integrada ao quadro permanente, através de concurso público, como professora adjunta. Graduada em Engenharia Química pela Universidade Rural do Rio de Janeiro, a nova reitora é mestra e doutora em Ciências e Ciência e Tecnologia de Polímeros pelo Instituto de Macromoléculas da UFRJ, realizou “doutorado sanduíche” (um período no Brasil e outro fora) no Instituto per lo Studio delle Macromolecole (ISMAC), do Consiglio Nazionale delle Richerche de Milão (CNR), e, ainda, realizou pós-doutoramento na Uerj.

"As universidades públicas têm a missão de formar pessoas capacitadas para alavancar o desenvolvimento de todo o país. Além disso, elas têm uma responsabilidade única de produzir conhecimento para fazer com que eles tragam benefício social, intelectual e econômico para a sociedade" – afirmou a professora Luana.

Tomar posse no mês em que são celebradas duas importantes datas – Dia Internacional da Mulher (08 de março) e Dia Internacional contra a Discriminação Racial (21 de março) – fizeram Luanda ressaltar que espaços universitários são plurais e, por isso, buscam o debate de ideias.

"Trago em meu DNA a herança da ancestralidade de reis e rainhas que, até mesmo em situação de escravização, manifestaram resistência à colonialidade. E, com maestria, genialidade e inteligência, preservam seus saberes e conhecimentos que estão até hoje a serviço da nossa sociedade. Nesta gestão, não há espaço para preconceitos de nenhuma natureza. A Uezo estará junto com a sociedade e aberta ao povo, afinal, é uma universidade de inclusão social e capacitação profissional" – disse a nova reitora.

Eleito na chapa de Luanda como vice-reitor, o professor Dario Nepomuceno, também negro e físico por formação, além de mestre e doutor pelo Observatório Nacional (ON/MCT), salientou a origem da Uezo e a construção de parcerias com empresas para que absorvam os recém-saídos da universidade.

"Foi a própria população da Zona Oeste quem demandou a criação desta universidade na região. Já temos parcerias com empresas, como por exemplo, Casa da Moeda, Petrobras, entre outras, que, através dos convênios, ajudam na contratação de profissionais. Portanto, nosso Centro Universitário tem viés de transferir tecnologia e gerar inovação, não só em produtos, mas também em processos" – afirmou o vice-reitor.

Localizada em Campo Grande, a Uezo é vinculada à Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação. Em 2005 foi criada e, três anos depois, teve sua emancipação. O Centro Universitário oferece dez cursos e tem cerca de dois mil alunos, sendo 31% em condições de vulnerabilidade social.


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