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  • Foto do escritorAlexandre Madruga

EDITORIAL | Políticos brigam por "paternidade" de obra paga com recurso privado em Sulacap


Quando você espera uma "nova" política, nada mais pode surpreender quando uma pequenina obra do bairro, ganha ares de corrida eleitoral. E não estamos falando de cargos ligados a Prefeitura e sim políticos. Uma companhia de táxi do Jardim Sulacap lutava há anos por ter direito a parar na frente do Parque Shopping Sulacap. Com as negativas oficiais, não faltaram pedidos a vários políticos para conseguir algo normal em tantos shoppings do Rio: uma parada oficial de táxis na porta desses grandes empreendimentos comerciais.

O que impressionará a sociedade é que a obra somente irá acontecer, pois a cooperativa de táxi vai pagar toda obra e taxas do próprio bolso. Algo estimado em torno de R$ 25 mil que os cooperativados pagarão do próprio bolso. Mas outro dado vai surpreender ainda mais.

Uma verdadeira luta política está em curso, visando a "paternidade" da conquista dos taxistas do Parque Shopping Sulacap. Como algum nobre representante do povo, eleito nas urnas e responsável pelo investimento do dinheiro público em obras públicas, busca ser autor de uma obra paga com recurso privado?

A pequena política que briga pela autoria de um recuo de táxis, que já deveria ter sido planejado e executado, seja pelo empreendimento ou órgão público, é algo tão menor perante tantas necessidades da Zona Oeste, que surpreende a mera existência da corrida, que muito parece eleitoral e visando as urnas municipais em 2020. Como diria Boris Casoy, isso é uma vergonha!

Apenas para exemplificar, temos uma Marechal Fontenelle e Alberico Diniz que não sofrem uma intervenção urbanística e de engenharia de tráfego desde a década de 80. E nem vamos falar dos problemas na área de saúde, educação ou de ordenamento urbano, que são males que frequentam o dia a dia dos moradores da Zona Oeste, especificamente Jardim Sulacap, Magalhães Bastos e Realengo.

Será que tantas outras obras tão importantes e necessárias, continuarão órfãs sem nenhum "pai" para executá -las?

Vamos explicar, ou desenhar... O termo política tem origem no grego politiká, uma derivação de polis que designa aquilo que é público e tikós, que se refere ao bem comum de todas as pessoas.

Vamos exercer mais o público?



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