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  • Foto do escritorAlexandre Madruga

Igreja evangélica realiza debate sobre política para orientar cristãos


Partindo da ideia que o debate ajuda a ensinar, a igreja Assembleia de Deus em Jardim Sulacap criou o projeto “Movimenta Jovem”, realizado pelo grupo Juventude Life com diversos assuntos abertos a público e com convidados de fora da congregação. No último sábado (18), o tema foi “Política x Igreja”, com a presença de Israel Gama e Patrick Sarmento, formados em Ciências Políticas (UFRJ) e Jeremias de Jesus, formado em Teologia (Unisuam). “O intuito do projeto é trazer conhecimento e esclarecer temas que são tabus no meio cristão. Como por exemplo: movimentos neopentecostais, política, homossexualismo, depressão, etc.” Buscamos trazer especialistas para tirarem dúvidas e tornar nossos jovens cristãos mais preparados para espalhar o amor de Cristo”, afirmou Gustavo Almeida, um dos organizadores.

Os debatedores convidados tinham quinze minutos cada um para falar sobre o tema. Depois responderiam as perguntas enviadas pela rede social, que transmitiu o evento ao vivo, além dos questionamentos do público presente.

Israel Gama foi o primeiro a falar e, didaticamente, explicou as funções dos políticos em seus respectivos cargos. Para ele, quanto mais se aproximam as eleições, mas se entra no espaço político, quando os candidatos buscam estratégias para ampliar eleitores. “No discurso político, um candidato que sai do seu discurso político, faz isso porque é estudado, para alcançar outro determinado público”.

Em seguida, Patrick Sarmento optou por falar mais sobre o lado do eleitor cristão, ressaltando que não existe uma identidade formada, nem uma solução definitiva na política. “O Brasil é um país muito jovem, que precisa fortalecer a identidade como nação. Podemos ser cristãos de direita, esquerda ou centro. Mas tem que ser pautado na palavra de Deus. Não podemos entrar na loucura que virá um salvador da pátria”.

Jeremias de Jesus foi enfático em demonstrar que os cristãos não podem misturar política e religião, mas que é necessário saber conviver com ambos os lados. “Embora crentes, não podemos nos afastar da realidade do estado. Se relacionar com a política, não quer dizer que estamos coniventes com o que alguns fazem”. Quando as perguntas foram permitidas, de imediato veio o tema mais em foco ultimamente: a corrupção. Para Israel, a corrupção não acabará, mas hoje o momento é propício devido a grande repercussão diante os fatos atuais. “Mesmo com o judiciário passando um pouco da conta, pelo menos hoje a gente consegue ver a corrupção”.

Os debatedores foram questionados se a população estaria pronta para ter um líder cristão em cargo executivo e vice-versa. Israel e Jeremias sinalizaram positivamente, mas Patrick demonstrou um pensamento contrário aos outros debatedores. “Não estamos preparados, nem para ter o político líder cristão; nem a sociedade. Os resquícios do preconceito quanto à fé é forte. Os cristãos conquistaram espaços que não esperavam conquistar e a sociedade não está preparada, porque condenam esses políticos apenas por serem cristãos, enquanto se deveria julgar apenas como homem público”. Jeremias aproveitou a oportunidade e concluiu o raciocínio do companheiro de debate. “A sociedade que prega tolerância, não tolera um cristão lá”.

Num recado direto para o atual momento político que vem acontecendo em debates da TV, Patrick ainda ressaltou o exagero no discurso de alguns cristãos. “Tem políticos que exageram na fala e citam o nome do Senhor o tempo todo, e isso não é bom”.

Após inúmeras perguntas e respostas, os organizadores acreditam que a igreja contribuiu para tirar dúvidas e esclarecer pontos entre ser cristão e a política. “Existem alguns cristãos extremamente preconceituosos, que acabam se afastando da proposta de amor pregada por Cristo. A ideia do movimento é trazer uma luz para mostrar que é possível debater, dialogar e pregar o amor se Cristo em qualquer circunstância”, finalizou Gustavo Almeida.

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