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  • Andressa Gonçalves - Estudante de Design de

CINEnews | Oito Mulheres e Um Segredo: Humor


É inevitável. Quando ouvimos o nome de certas pessoas, não precisamos nem saber o nome do próprio filme para crepitar uma ansiedade dentro de nós e um desejo enorme em assisti-lo. Todo o frisson só piora quando em vez de um nome, ouvimos vários.

Talvez seja por isso que as estrelas hollywoodianas cobrem cada vez cachês mais altos, porque sabem a potência que a simples menção de seu nome pode ter na hora de promover um filme e, consequentemente, em gerar-lhe uma grande rentabilidade nas bilheterias.

(Obtido em: http://www.nerdtrip.com.br/filmes/oito-mulheres-e-um-segredo-novo-trailer-do-filme-baseado-em-onze-homens-e-um-segredo-e-divulgado/) Mas vamos ao que interessa de fato a esta coluna: o filme. Oito Mulheres e Um Segredo é uma mistura de adaptação e continuação à série de sucesso anteriormente protagonizada por George Clooney, Brad Pitt e Matt Damon: Onze Homens e Um Segredo.

(Obtida em: http://www.romanceseleituras.com/2014/07/movie-day-onze-homens-e-um-segredo.html)

Oito Mulheres e Um Segredo conta a história de Debbie Ocean (Sandra Bullock), irmã de Danny Ocean (personagem de Clooney) que sai da prisão e, como seu irmão, planeja um grande roubo. A vítima da vez é uma grande joalheria e eis a grande novidade da franquia: uma equipe totalmente formada por mulheres para ajudá-la.

O filme é muito divertido e engraçado, e faz questão de ressaltar a todo o momento, a premissa a que o filme se propõe: a de que as mulheres não são valorizadas como merecem e a de mostrar o quão inteligente e forte (emocional e fisicamente) uma mulher pode ser.

Para atingir esses objetivos, podemos ver alguns recursos sendo utilizados no roteiro, como a predominância de personagens femininos, a grande habilidade que cada uma delas tem em sua área de expertise e o uso de piadas irônicas que “cutucam a ferida” em temáticas atuais como o machismo e a inferiorização da mulher, isso fica bem claro quando em uma das cenas do longa, uma das personagens diz algo como “o roubo é possível já que ninguém acredita que as mulheres são capazes e que, por isso, não prestam muita atenção nelas”.

Ainda sobre o roteiro, podemos perceber nele uma tendência do cinema mundial, independentemente do gênero: o uso de muita comicidade para abordar temas importantes e assim suavizá-los um pouco, tornando-os mais palatáveis aos espectadores e, retendo assim com sucesso sua atenção.

Nas cenas de ação temos tudo o que já poderíamos esperar dos filmes da franquia, lutas elaboradas, furtos rápidos e imperceptíveis, e sistemas de segurança ditos como infalíveis, mas rapidamente invadidos. Alguns fatores não nos convencem muito, como em uma cena, quando é mostrado um dispositivo complexo, descrito como sendo o único capaz de abrir o fecho especial de um colar. A película não explica muito bem a composição desse dispositivo, só mostra um vídeo de seu funcionamento e afirma que “não há nenhum outro como ele”. Mesmo sem ter acesso prévio nem à joia em questão e nem ao referido dispositivo, incrivelmente, como em um passe de mágica, a personagem consegue desvendar uma forma e criar um dispositivo parecido, que cumpre a mesma função.

A trilha sonora não impressiona muito também, mas, apesar disso, talvez devido às divertidíssimas e brilhantes atuações de Helena Bonham Carter, Mindy Kaling, Cate Blanchett, Sandra Bullock e Sarah Paulson, o filme prende a atenção do início ao fim.

Vale destacar aqui também, a qualidade e beleza dos figurinos de Sarah Edwards. Dos figurantes aos personagens principais, dos acessórios às roupas, é possível ver o cuidado e pesquisa depositados no momento da escolha. Em especial, chamo a atenção para o guarda-roupa de Lou (Cate Blanchett), que durante todo o filme é extremamente estiloso e um espetáculo à parte. A sensação que temos é que cada roupa, cada sapato, cada brinco, foi meticulosamente escolhido, para que tivesse o resultado final que teve: ter tudo a ver com a personagem que o usaria.

Número de Pipocas Que Esse Filme Merece:

O filme contém algumas surpresas interessantes, algumas reviravoltas inesperadas e no geral podemos afirmar: Não será um grande clássico do cinema, mas é aquele filme que quando passa na Sessão da Tarde, todo mundo para tudo para assistir. Ele cumpre bem o papel de ser atual e entreter de forma leve e descontraída. Vale a pena conferir.

Por: Andressa Gonçalves

Estudante de Design de Interiores e Futura Jornalista - Contato: miss.gonc00@gmail.com

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