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  • Renata Cyríaco - Gestora Escolar

EDUCAÇÃOnews | A triste era da ansiedade entre crianças e adolescentes


Estamos vivendo em uma era de humor triste diante da indústria do entretenimento. Com isso, o suicídio entre jovens só vem aumentando. Crianças e adolescentes precisam de limites e regras, sim, mas precisam, também, se aventurar, brincar e aplaudir a existência em vez de acabar com as suas próprias vidas por causa do tédio em que vivem em decorrência da falta de controle no uso dos smartphones, jogos e redes sociais. A tecnologia dá tudo pronto às crianças e pode, muitas vezes, quando não tem a vigilância dos pais, influenciar de maneira muito negativa.

Além disso, as escolas sufocam as crianças e adolescentes com informações, abarrotando as suas mentes, sem se preocupar em prepará-los para serem protagonistas de suas próprias vidas e dirigirem as suas histórias. Não os preparam para saber lidar com o tédio, as frustrações, dores e perdas. Estão crescendo sem saber lidar com as suas emoções, com o cérebro esgotado e sem sonhos.

Que os educadores e pais possam perceber os seus alunos e filhos, que possam sentir essas crianças e adolescentes, olharem para elas como únicas, sem comparações e muitas expectativas, sem essa ansiedade desenfreada em cima de alguém que ainda não está preparado para viver aquilo que você quer, enquanto educador. E quando digo educador, eu me refiro aos pais principalmente. Que possam entender que seus filhos e alunos têm vontades, medos e, na maioria das vezes, não sabem lidar com suas emoções, o que se torna assustador para eles.

Como diz Augusto Cury, em seu livro “20 regras de ouro para educar filhos e alunos”, educar não é modificar a mente dos educandos, mas levá-los a pensar antes de agir; não é adestrar o cérebro deles, mas levá-los a desenvolver consciência crítica; não é cobrar demais, mas conduzi-los a ter autonomia; não é superproteger, mas estimulá-los a trabalhar perdas e frustrações; não é dar broncas ou punir, mas levá-los a ter autocontrole e colocar-se no lugar dos outros.

Vamos pensar que o ser humano passa boa parte da vida dentro de uma escola e, na maioria das vezes, sai sem saber lidar com a sua ansiedade. Isso é o que mais percebo dentro do meu círculo de amizade, família e meio profissional. As pessoas estão descontroladas dentro da sua ansiedade (reação normal, mais ligada à impaciência, não saber esperar, se manifesta como um alerta) e até transtornos de ansiedade (quando passa a não ser mais uma emoção, ansiedade generalizada, já faz parte da rotina e precisa tratar com terapias e muitas vezes medicamentos) o que ainda é mais grave.

Nunca vi pais tão ansiosos, professores tão fatigados e filhos e alunos tão inquietos e agitados. Os cérebros estão esgotados e as pessoas não têm noção que isso esteja acontecendo. Só que é preciso entender que sem aprender a gerir a mente humana, sem trabalhar a educação socioemocional, sem promover o autocontrole, fica impossível resolver essas questões!

“Estamos assistindo a um trabalho escravo legalizado, crianças que têm excesso de atividades, que têm tempo para tudo, mas não para ter infância, brincar, relaxar, elaborar experiências. Como formar mentes tranquilas, crianças que sejam líderes de suas próprias mentes? A tarefa é dificílima, mas vital!” Augusto Cury.

Por Renata Cyríaco é Professora, Fisioterapeuta, Gestora Escolar, Especializada em Educação Especial e Inclusiva, Coach Infantil e pós-graduanda em Psicopedagogia Institucional e Clínica. Contatos: (21) 98052.0800 E-mail: recyriaco@gmail.com @renatacyriacoKC

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