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  • Andressa Gonçalves - Estudante de Design de

CINEnews | A exceção que prova a regra


Lemos um livro. Gostamos muito dele e tudo vai bem. Ficamos sabendo que ele será adaptado para as telonas. O choque. “Oh não! Vão estragar meu livro preferido!” - quem nunca passou por este tipo de situação? As adaptações cinematográficas que provém de roteiros adaptados sempre causam estranheza e receio por parte daqueles que leram a obra original.

Já ocorreram alguns “desastres” quando falamos em transformar um livro em filme, mas, também, ocorreram sucessos. De qualquer forma, a fama ruim parece ofuscar a boa e pesar na balança, fazendo com que os leitores sempre fiquem com aquele famoso “pé atrás”. Mas estamos aqui para reanimar sua fé na humanidade, cinema, caro leitor, eis aqui uma adaptação que deu certo (e que, segundo fontes confiáveis, se tornou até mesmo melhor que o livro!), a maravilhosa película “Com Amor, Simon”.

O longa conta a história de Simon Spier, um adolescente que vive uma vida normal, frequenta festas, sai com os amigos e está no ensino médio. Contudo, ele guarda um grande segredo: é gay. Ao ler relatos anônimos de um colega de escola chamado “Blue”, Simon começa a se corresponder com ele e uma relação floresce entre os dois. Somado a isso, vemos toda a jornada de descobertas e amadurecimento do protagonista e os desafios por ele enfrentados para revelar o segredo para a família e amigos.

O filme é bastante interessante por uma série de fatores, primeiramente, por tratar a homossexualidade pelo que ela é: algo normal, que é parte do nosso cotidiano; por isso, podemos perceber que o enfoque principal do filme não é a orientação sexual de seu protagonista e sim sua personalidade, história de vida, como ele lida com ela e como são suas relações interpessoais.

A película escolhe um tipo de narrativa muito acertada para transmitir essa naturalidade necessária, por exemplo, em alguns momentos, Simon fala “diretamente” conosco, o que imprime no espectador a sensação de familiaridade e intimidade, tanto com ele quanto com sua vida. Outro ponto interessante em sí é a história: leve, divertida, relevante e inteligente. Simon é um personagem maravilhosamente carismático e engraçado, um adolescente com um segredo, como milhares outros por aí.

A trilha sonora é ótima e a paleta de cores também, que cria um ambiente bem adolescente. Uma das cenas mais interessantes, é quando Simon questiona “por que apenas homossexuais têm de se assumir?” e em seguida são mostrados seus amigos, contando para os pais que são héteros (a reação da mãe da Abby é a melhor, me arrancou boas gargalhadas).

O filme conscientiza o público sobre vários outros temas como bullying, discriminação e preconceito, mesclando com precisão leveza e a severidade pertinente aos temas. Um longa que se impõe e se torna cada vez mais importante para a quebra de tabus da sociedade atual. Com Amor Simon, encontra-se em várias salas ao redor da cidade, escolha uma e vá conferir!

PS: Se você ficou curioso, o livro no qual o filme se baseia chama-se “Simon vs. A Agenda Homo Sapiens”;

Andressa Gonçalves é futura jornalista. Como adora cinema, sempre pesquisa sobre paletas de cores, trilhas sonoras, curiosidades, e tudo o que pode sobre este universo. Mantém também o projeto bilíngue Expedição Musical, que toda semana apresenta ao grande público, novos talentos do cenário musical. Contato: miss.gonc00@gmail.com

PS²: Dedicado ao meu Simon da vida real, Feliz Aniversário. - Com amor, Leah. ❤

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