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  • Andressa Gonçalves - Estudante de Design de

CINEnews | Especial Musicais (Parte II): 05 Indicações Para Recordar


Continuando nosso tema, esta semana indicaremos alguns filmes do estilo Musical, para desmistificar alguns mitos como o de que “todo musical tem que ter números de dança” e mostrar que filmes bons, independem de estilo ou gênero.

Em terras brasileiras, o tipo de musical que mais pareceu agradar, ao menos nos últimos tempos, foi o adolescente, como as sagas High School Musical e Camp Rock, que obtiveram bastante sucesso em sua época de lançamento e uma bilheteria bem rentável.

Por isso, se você era um dos assíduos espectadores das franquias e ficou órfão quando elas acabaram, aqui vão alguns possíveis substitutos (que são I-N-C-R-Í-V-E-I-S) e, se você não gosta muito do gênero, que tal escolher uma das opções abaixo e tentar fazer as pazes? Tem para todos os gostos!

Mary Poppins (1964)

Começamos com um clássico, protagonizado por Julie Andrews e sua bela voz. Apesar de o filme ser considerado do gênero infantil e ensinar algumas lições mais direcionadas aos pequeninos, o filme é para todas as idades. Tive a oportunidade de conferi-lo já adulta e gostei do mesmo jeito. Ele se passa na Londres de 1910, quando um banqueiro rígido e severo com os filhos escreve um anúncio no jornal em busca de uma governanta. Trazida pelo vento em um guarda-chuva voador, uma babá com poderes mágicos aparece para transformar a triste rotina da família.

Com músicas cativantes que ficam na cabeça, além de interpretações adoráveis, o filme fez muito sucesso e se tornou um dos preferidos entre crianças e adultos de várias gerações. Recentemente, foi anunciado que uma continuação (com atores diferentes) seria feita; “O Retorno de Mary Poppins” está previsto para lançamento no fim deste ano, em 20 de dezembro.

O Estranho Mundo de Jack (1993)

Um longa muito peculiar sobre “aceitar quem você é”. Muito suave e esteticamente bonito (com claras referências góticas, afinal, ele foi produzido por Tim Burton), o filme é tão imersivo que, por vezes, nos faz esquecer que é uma animação. As músicas são bem escolhidas e há uma transição perfeita entre os diálogos e cenas normais, o que não causa no espectador aquela sensação de estranheza e de começo de um flash mob. O longa conta a história de Jack Skellington, o Rei das Abóboras, que se cansa de fazer o Dia das Bruxas todos os anos e deixa os limites da cidade. Por acaso, ele acaba atravessando o portal do Natal, onde vê a alegria do espírito natalino. Ao retornar para a Cidade do Halloween, sem ter compreendido o que viu, ele começa a convencer os cidadãos a sequestrarem o Papai Noel e fazerem seu próprio Natal. Apesar de sua leal namorada Sally ser contra, o Papai Noel é capturado e os fatos mostrarão que Sally estava certa o tempo todo.

Ray (2004)

Este filme é para aqueles que são fãs de música e gostam de um bom filme biográfico! Aqui é contada a história do gênio musical Ray Charles, deficiente visual desde a infância. A audácia e o talento incomparável do músico, o transformou em um fenômeno nas turnês e pelo mundo, ainda que drogas e lembranças ruins afetassem sua vida pessoal, acarretando consequências drásticas.

Se a história incrível de Ray já não fosse interessante o suficiente, a performance estelar de Jamie Foxx como o personagem principal, faz tudo valer mais a pena. Lembro-me de sair do cinema impressionada com a qualidade do filme e viciada em suas músicas, é impossível não tornar-se fã do cantor/compositor.

Eis aqui, inclusive, um exemplo de musical onde não há danças coreografadas e que apenas exibe performance de música quando o personagem compunha ou gravava algum single. Segue abaixo uma de suas cenas:

O Som do Coração (2008)

Um dos filmes mais doces e sensíveis contidos nesta lista, ele conta a história de Evan, um jovem músico talentoso, que foge do orfanato e vai a Nova York em busca de seus pais. Em sua procura, ele encontra Wizard, um sem-teto que vive em um teatro abandonado. Depois de descobrir seu talento, Wizard dá ao garoto o nome de August Rush e traça um plano para lucrar às custas dele. Evan não tem a menor ideia que seus pais, Lyla e Louis, também estão procurando por ele. Com os dois gigantes das telinhas, Robin Williams e Freddie Highmore, este filme é emocionante e certo de te arrancar algumas lágrimas.

Os Miseráveis (2013)

Por último, mas certamente não menos importante, temos como recomendação ‘Os Miseráveis’, adaptação do clássico homônimo de Victor Hugo. Com um elenco de peso composto por Anne Hathaway, Hugh Jackman, Amanda Seyfried e Eddie Redmayne, o longa embolsou alguns dos principais prêmios do cinema, como o Oscar e o Globo de Ouro, em várias categorias, incluindo Melhor Atriz Coadjuvante para Anne Hathaway. Além de interpretações fenomenais, principalmente por parte de Hathaway, o filme é tão bom e as introduções musicais tão sutis que por vezes é possível esquecer-se que se está assistindo a um Musical; as músicas encaixam muito bem com a temática e são interpretadas de forma tão expressiva, que se confundem com diálogos. É uma experiência totalmente imersiva e emocionante. Segue a sinopse: Na França do século 19, o ex-prisioneiro Jean Valjean, perseguido ao longo de décadas pelo impiedoso policial Javert por ter violado sua liberdade condicional, busca redenção pelo seu passado e decide acolher a filha da prostituta Fantine.

EXTRA:

E é claro que, falando em Musicais, não poderíamos deixar de fora a grande sensação de 2017, La La Land: Cantando Estações. Filme encantador, que coloca em foco a história de amor do pianista Sebastian e da atriz Mia, que, enquanto buscam boas oportunidades para suas carreiras e o sucesso delas na competitiva Los Angeles, tentam fazer o relacionamento amoroso dar certo.

Uma bela fotografia, bela edição de som e, como em Os Miseráveis, introduções muito sutis (tanto das músicas, como das coreografias), fazendo com que nada aqui pareça “demais” ou fora do contexto. Um filme fantástico, uma verdadeira aula sobre como fazer cinema além de, é claro, ser uma bela celebração e homenagem a Grandes Musicais como Cantando na Chuva (1952), Amor, Sublime Amor (1961), Duas Garotas Românticas (1967), Sinfonia de Paris (1951) e Grease: Nos Tempos da Brilhantina (1978).

A seguir, um vídeo interessantíssimo que mostra algumas das principais comparações entre La, La, Land e suas inspirações:

Ufa, cinéfilos! Essas semanas foram recheadas, não? E aí, convencido a dar uma chance para os Musicais ou você está muito bem, obrigado? Conto com seus comentários através de nossa página no Facebook sobre o assunto e, também, fique à vontade para sugerir temas para nossas próximas pautas. Uma Feliz Páscoa a Todos, até semana que vem!

Cena do musical: Amor, Sublime Amor de 1961. Uma versão de Romeu e Julieta latino-americana.

Andressa Gonçalves é futura jornalista. Como adora cinema, sempre pesquisa sobre paletas de cores, trilhas sonoras, curiosidades, e tudo o que pode sobre este universo. Mantém também o projeto bilíngue Expedição Musical, que toda semana apresenta ao grande público, novos talentos do cenário musical. Contato: miss.gonc00@gmail.com

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