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  • Andressa Gonçalves - Estudante de Design de

CINEnews | O Cinema pelo Mundo – Parte II: Cinco filmes de cinco países distintos que você não pode


Dando continuidade ao nosso tema “Cinema Pelo Mundo”, falaremos nesta semana um pouquinho sobre como funciona a sétima arte em algumas das principais indústrias cinematográficas do mundo, como na Índia, China, Argentina, Itália e, claro, no nosso querido Brasil.

Índia

Quando se fala em cinema, não poderíamos deixar de fora um dos principais eixos cinematográficos de todo o planeta: Bollywood. Sempre utilizando paletas de cores com tons bem variados e predominantemente quentes, a indústria do cinema de língua hindi, produz na região de Mumbai cerca de 1.200 filmes por ano. Seus filmes são marcados por conterem fortes características culturais, onde, em muitos deles, pode-se observar dança com coreografias elaboradas, músicas locais e a reprodução de costumes da região. Recentemente, além dos musicais, Bollywood está produzindo também longas de outros gêneros, como no caso do filme Mukkabaaz, um drama.

Mukkabaaz, um dos principais filmes indianos de 2017. Ele conta a história de Shravan, boxeador de casta inferior que luta pelo sucesso de sua carreira mesmo diante das mais diversas dificuldades.

(Fonte da Imagem: https://www.hollywoodreporter.com/review/brawler-1039664)

China

Outro país que não poderia deixar de ser citado aqui é a China. Sua indústria cinematográfica produz mais de 400 filmes por ano. E, ainda que o governo limite o número de produções estrangeiras a serem exibidas no país e acompanhe de perto todas as etapas da produção à exibição de um filme nacional, os chineses compõem um dos maiores públicos do planeta, gerando mais de US$ 4 milhões para este mercado. Um exemplo recente de filme chinês a ter sucesso internacional, é o filme Um Toque de Pecado que além de ter sido aclamado pela crítica mundial, ganhou o prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Cannes de 2013.

“Um Toque de Pecado”, filme de Zhang-ke Jia (2013). Conta a história de quatro pessoas de regiões e classes sociais diferentes, da China, que acabam tendo suas histórias cruzadas.

(Fonte da Imagem: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-220816/)

Argentina

Talvez, dentre todos os países citados nesta lista, a Argentina seja um dos que menos te surpreendam. Além dos hermanos estarem mais próximos de nós geograficamente, é mais fácil encontrar a exibição de alguns de seus filmes em canais de TV aberta e paga.

Com roteiros geralmente muito bem construídos e diálogos de tirar o fôlego, o cinema portenho vem evoluindo e mudando muito desde 1990. Não é a toa que já teve duas películas premiadas com o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, respectivamente: A História Oficial (1985) e O Segredo dos Seus Olhos (2009).

Inclusive, a última obra citada será nossa indicação nesta categoria. O filme conta a história de Benjamín Espósito, um oficial de justiça que após a aposentadoria resolve se tornar escritor, e, falar seu primeiro livro, sobre um caso em que trabalhou na década de 70. Conforme vai relembrando os fatos, algumas reviravoltas inesperadas acontecem.

É uma obra excelente, que prende a atenção do início ao fim. Para aqueles como eu que adoram formular teorias sobre o final do filme durante seu decorrer: preparem-se para se decepcionarem, no melhor sentido da palavra. O Segredo dos Seus Olhos toma um rumo imprevisível e seu final é mais surpreendente ainda.

O Segredo dos Seus Olhos - Juan José Campanella (2009)

(Fonte da Imagem: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-171223/)

Itália

Desde seu surgimento, o cinema italiano foi composto, principalmente por comédias populares. Dos anos 50 aos 70, teve um de seus maiores auges com o surgimento de grandes diretores como Federico Fellini.

Com o decorrer dos anos, é dito que devido a uma queda na qualidade das produções, bem como a preferência do público italiano por obras hollywoodianas, o prestígio do cinema italiano foi reduzido drasticamente, conseguindo recuperar-se apenas nos últimos anos, com a estreia de ótimos longas como O Tigre E A Neve (2009) de Roberto Benigni e A Grande Beleza (2013) de Paolo Sorrentino.

Além destes, outro filme (talvez o mais conhecido dentre todos os de origem italiana), que levou a estatueta do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1999, além dos prêmios de Melhor Ator e Melhor Trilha Sonora na mesma premiação, merece ser citado e indicado aqui: A Vida É Bela de 1997.

Nele, é contada a história de um judeu chamado Guido, levado a um campo de concentração nazista. Em um local diferente do da esposa e com um filho para criar, ele tenta tornar toda a situação o menos traumática possível para o garoto, usando sua imaginação para fazer o menino acreditar que é tudo uma grande brincadeira.

A Vida É Bela (1997) – Roberto Benigni

Brasil

A história do nosso cinema começa em julho de 1896, com a primeira exibição cinematográfica em terras tupiniquins: “Saída dos Trabalhadores da Fábrica Lumière”, dos irmãos Lumière. A partir de 1897, começaram a ser rodados os primeiros filmes brasileiros que desde então, não pararam mais. Com a chegada de aparelhos de gravação mais modernos, do som e de tantos outros avanços na área, a qualidade dos filmes foi evoluindo.

Conforme o artigo História do Cinema Brasileiro (clique AQUI), escrito pela professora licenciada em letras Daniela Diana é possível observar que, mesmo em meio a muitas dificuldades, o cinema nacional tem se fortalecido e, cada vez mais, ganhado destaque em âmbito internacional: “Com a introdução de novas tecnologias (3D, por exemplo), as produções e a quantidades de salas de cinema no país, crescem cada vez mais. Alguns pesquisadores da área denominam o período como a pós retomada do cinema brasileiro, em que a indústria cinematográfica do Brasil se consolida.”

Nossa indicação é o filme Central do Brasil (1998), que concorreu com A Vida É Bela pelo Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. A película conta a história de Dora, ex-professora que ganha a vida escrevendo cartas para pessoas analfabetas, que ditam o que querem contar às suas famílias. Ela acaba ficando com o dinheiro para si e não postando as cartas, até que um dia, Josué, filho de uma de suas clientes, acaba sozinho quando a mãe é morta em um acidente de ônibus. Dora reluta em cuidar do menino, mas se junta a ele em uma viagem pelo interior do Nordeste em busca do pai de Josué, o qual ele nunca conheceu.

Espero que gostem das indicações e que tenham curtido nossa breve “volta ao mundo” das telinhas! Até semana que vem!

Andressa Gonçalves é futura jornalista. Como adora cinema, sempre pesquisa sobre paletas de cores, trilhas sonoras, curiosidades, e tudo o que pode sobre este universo. Mantém também o projeto bilíngue Expedição Musical, que toda semana apresenta ao grande público, novos talentos do cenário musical.

Contato: miss.gonc00@gmail.com

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