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  • Andressa Gonçalves - Estudante de Design de

CINEnews | Jumanji em harmonia


Todo mundo sabe como é difícil assistir a um filme realmente bom hoje em dia, independentemente do seu gênero. Que te faça rir do início ao fim, se for de comédia, ou que retenha totalmente sua atenção, o tempo todo, em caso de filmes de ação.

Ou seja, se já é difícil para a equipe cinematográfica e para os grandes estúdios acertarem uma vez, imagina duas? É isso que faz com que muitas continuações de filmes ou remakes (novas versões) falhem miseravelmente e não atinjam a qualidade do primeiro filme da franquia.

Algumas sagas, como a de Harry Potter e O Senhor dos Anéis, conseguem fugir da regra, mantendo qualidade e, consequentemente o interesse do público em todas as películas da franquia. Agora, mais uma obra se torna exceção e entra para esse seleto grupo: Jumanji: Bem-Vindo À Selva.

Ao mesmo tempo remake e continuação, algo que particularmente eu ainda não havia experienciado, o novo Jumanji é uma deliciosa mistura de comédia e ação, com diálogos engraçados e uma fotografia de tirar o fôlego.

A história da saga começa com o filme Jumanji de 1995, quando duas crianças, ao se mudarem para uma nova casa, encontram um jogo de tabuleiro chamado Jumanji e decidem jogá-lo. Nele, encontram Alan Parrish, menino (agora adulto) que vinte e seis anos antes fora aprisionado dentro do jogo. Juntos, eles enfrentam grandes desafios e precisam terminar a partida para que suas vidas possam voltar ao normal.

O filme termina com o jogo enterrado na areia de uma praia que é exatamente o ponto de partida de sua continuação, Jumanji: Bem-Vindo À Selva. Agora em formato de videogame, é a vez de quatro adolescentes serem transportados para o mundo de Jumanji, com a mesma premissa do primeiro filme: só retornam à realidade quando concluírem a missão do jogo e contam com a ajuda de um desconhecido para isso.

Apesar de pela sinopse os longas parecerem similares entre si, certamente não o são. Os personagens são bem diferentes, bem como o ritmo do filme, a narrativa em sí e até certo ponto, a proposta do filme.

Os personagens, talvez por serem mais velhos, possuem algumas características mais marcantes e é interessante ver alguns clichês sendo quebrados, como por exemplo o interesse romântico do protagonista. Outra questão bem interessante foi o personagem de Jack Black, Dr. Shelly Oberon dentro do game, mas, na verdade, uma jovem chamada Bethany na vida real. Jack é sempre muito bom em arrancar risadas, mas neste filme, ele realmente se supera, em alguns momentos eu realmente acreditei que ele era, na verdade, uma adolescente popular. Sua interpretação não foi exagerada nem tampouco caricata; com seu jeito leve e divertido, como reforçado anteriormente, ele deu realismo ao seu/sua personagem e realmente consegue convencer o público.

O ritmo do filme também é bem interessante e agitado, apesar de vermos menos animais perseguindo os mocinhos em relação ao primeiro filme da série, vemos agora algo como os mocinhos indo atrás dos “jumanjianos”.

O que nos traz a discussão sobre a narrativa e a proposta do filme. Jumanji II nos convida a conhecer o universo por trás do jogo, a invertermos os papéis e, aos invés de recebermos seus nativos em nosso mundo, nós irmos ao deles e descobrir um pouco mais sobre o que tem por lá. Por exemplo, no longa vemos a casa que Alan Parrish morou enquanto viveu em Jumanji, algo que, com certeza, todo mundo que assistiu ao primeiro filme ficou curioso por saber.

Enquanto a película original foca mais na ação, na aventura, nas propostas e desafios que o jogo propõe aos participantes, a versão mais recente coloca o holofote na relação entre os personagens, em seus conflitos pessoais e amadurecimento, tudo isso, é claro, com generosas pitadas de humor.

Jumanji: Bem-Vindo À Selva foi uma grata surpresa e um belo começo cinematográfico para 2018, a prova de que o antigo e o novo podem conviver em harmonia, um complementando o outro e entretendo várias gerações.

Este filme ganhou 3,5 pipocas!

E você? Já conferiu Jumanji: Bem-Vindo À Selva nos cinemas? Ainda não? Então aproveita as férias, pega aquela pipoca e confira! A risada é garantida!

Andressa Gonçalves é futura jornalista. Como adora cinema, sempre pesquisa sobre paletas de cores, trilhas sonoras, curiosidades, e tudo o que pode sobre este universo. Mantém também o projeto bilíngue Expedição Musical, que toda semana apresenta ao grande público, novos talentos do cenário musical.

Contato: miss.gonc00@gmail.com

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