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  • Saulo Souza - Jornalista

POLÍTICAnews: Ditadura Militar X Democracia


Durante a ditadura militar vigente no governo brasileiro, de 1964 a 1985, o povo brasileiro assistiu aos maiores absurdos impostos por um grupo de Generais que acompanhavam o cenário mundial na luta contra a disseminação do comunismo, em favor dos Estados Unidos, arautos do capitalismo liberal. A chamada Guerra Fria durou de 1945, final da Segunda Guerra Mundial, até 1989, quando caiu o símbolo da polarização ideológica liderada pela União Soviética e Estados Unidos, o Muro de Berlim. Aos poucos, todos os países que haviam de definido ao lado dos soviéticos foram se dissolvendo pelo isolamento econômico, em função das sanções impostas pelos Americanos e seus aliados na Europa, e pelo anacronismo imposto pelo tempo histórico de novos rumos da humanidade.

No Brasil, os militares se impuseram pela força na cooperação com os norte-americanos. Nesse período, muitos líderes comunistas se revelaram na tentativa de fortalecer os movimentos operários, camponeses, sindicais e movimentos sociais ligados à Igreja Católica. Muitos desses resistentes foram assassinados ou desapareceram em decorrência da forte repressão que se instalou. Os sindicatos foram reprimidos, muitos padres foram mortos ou conviveram com traumas psicológicos irreparáveis em consequência de torturas. As medidas de repressão eram tomadas por Atos Administrativos, o Parlamento possuía um papel meramente figurativo e as instituições de justiça colaboraram com os planos dos sucessivos governos militares, que se revezaram, do General Castelo Branco até o General João Batista de Figueiredo. Sem dúvida um período para ser lembrado como lição daquilo que não deve ser repetido.

Hoje, muitos daqueles que lutaram contra a ditadura militar e acreditaram em um sistema socialista igualitário, conforme pregavam em suas manifestações, estão presos por crimes de corrupção e desvio de dinheiro público em benefício próprio e para comprar deputados a fim de se manterem no poder. Todos os benefícios sociais implantados nas políticas dos governos após a redemocratização não passaram de assistencialismo que nada mudou a vida das camadas mais pobres deste país. Milhões de pessoas estão sem assistência à saúde, sem escolas de ensino básico e universidades. As fortunas apreendidas durante a Operação Lava Jato revelaram esquemas criminosos organizados por políticos de todas as bandeiras ideológicas de esquerda.

Sejam comunistas, socialistas ou democratas, a cada dia nos surpreendemos com os vultosos desvios apreendidos com esses políticos corruptos que sempre se esconderam na truculência da ditadura militar para colocarem em prática seus planos tão criminosos quanto os praticados após o golpe de 1964 pelos militares. Os hospitais estão abandonados, a educação brasileira retrocedeu décadas, os serviços básicos estão mais burocratizados, a máquina pública está inchada de apadrinhados que só fazem engordar a folha de pagamento do Estado. A corrupção não tem mais fronteiras, atravessou continentes e superfaturou obras faraônicas para beneficiar empreiteiras brasileiras fora do Brasil; a Petrobrás, empresa de maior lucratividade do País, foi ao “fundo do poço. O nordeste continua seco, e o nordestino sem ter trabalho por falta de investimentos públicos mais equivalentes entre as regiões brasileiras.

Muitas pessoas já morreram em consequência dessa crise provocada pela irresponsabilidade dos políticos que, em passado recente, prometeram ser os salvadores da pátria, mas não disseram que a pátria deles é o crime organizado e os familiares desses criminosos. Dessa forma, não há nada mais absurdo do que comparar o regime ditador imposto em 1964, com a “democracia” vivida por esses sucessivos governos corruptos e seus partidos aliados, cuja função única é cobrar propina para votar pela aprovação dos projetos do governo, e legislar a fim de beneficiar à própria corporação política. O problema não é a bandeira ideológica, mas o contexto vivido em cada tempo histórico. Homens governam, não corporações. As diferenças devem ser debatidas, mas a sociedade, como um todo, deve ter o direito ao tratamento igual, aos benefícios sociais, aos serviços básicos oriundos dos impostos que paga.

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