Pandemia ainda assombra Zona Oeste do Rio
Neste mês de junho, a população entre 00 a 39 anos e 40 a 59 anos foi a que mais sofreu com a pandemia na cidade do Rio
*Por Pedro Nascimento e Isaac Grangeiro
A COVID–19, mesmo depois de 16 meses, ainda se propaga na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Muitos moradores não respeitam o isolamento social, com isso há uma maior propagação do vírus, por consequência, mais mortes ocorrem.
Por conta de ter a maior população e por ser a maior região da cidade, a Zona Oeste foi a área que mais sofreu na pandemia. Bairros como Campo Grande, Bangu, Santa Cruz, Realengo, Barra da Tijuca e Jacarepaguá concentram o maior números de casos confirmados e óbitos da cidade.
De acordo com dados da Secretaria de Saúde do município, o número de internações por COVID-19, neste momento, está maior nas faixas etárias da população mais nova, entre 00 a 39 anos (19,1%) e 40 a 59 anos(45,1%), alcançando os níveis mais altos desde o início da pandemia. Apesar da recomendação da Prefeitura para que as pessoas não saiam de casa, exceto para serviços essenciais, os bares e casas de shows da Zona Oeste ficam lotadas, contrariando qualquer indicação.
Embora, o número de jovens tenham aumentado, a taxa de idosos internados diminuiu consideravelmente, isto muito em função da vacinação já estar cobrindo grande parte desta população. Não coincidentemente, a parte mais nova da sociedade representa o maior percentual que ainda não foi vacinada, porém, segundo a Prefeitura, a previsão é que até o final de agosto toda a população acima de 18 anos esteja imunizada com a primeira dose.
Outro drama que preocupa, são os trabalhadores que necessitam sair de casa para levar o alimento para sua família. Um estudo recente, feito pela Fiocruz Pernambuco, concluiu que os lugares com maior risco de contaminação são os terminais de ônibus. Para essa pesquisa, foram coletadas 400 amostras de superfícies muito tocadas por diferentes usuários, como maçanetas, torneiras, vasos sanitários, interruptores de luz, leitores de biometria, catracas, corrimão de escadas, entre outros. A comparação foi feita com unidades de saúde, parques públicos, mercados públicos, áreas de praia e centro de distribuição de alimentos.
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