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Frederico Ramos - Psicólogo

PSICOnews | Fiquei velho! E agora?


Um dos grandes monstros que carregamos desde o despertar do início da vida adulta é sem dúvida o medo do envelhecimento. Quem nunca manifestou em alguma conversa ou na mais íntima reflexão, algum temor a respeito da velhice e de toda a realidade que a cerca?

Sem dúvida alguma, é certo que todos nós vamos envelhecer, enfrentar limitações, perdas e algumas desilusões. Entretanto, também é correto afirmar, que a mudança de consciência, a capacidade de superação, a temperança e a possibilidade de enxergar a vida de outro ângulo, também parecem configurar um caminho muito comum na estrada do amadurecimento.

Ao caro leitor de hoje, proponho apenas uma única reflexão envolvendo esse tema. E para isso, faz-se necessário uma pergunta: Qual patrimônio quero na minha velhice?

Creio que a maioria de nós pensará de pronto naquela clássica cena do casal de idosos bonitinhos e cheirosinhos, sentados nas suas varandas e em suas respectivas cadeiras de balanço. Uma casa acolhedora, alguns vasos de flores, uma vida confortável, uma boa aposentadoria e uma belíssima dose de ilusão. Isso mesmo! Que ilusão de que tudo isso seria suficiente para nos trazer a tão sonhada paz de espírito e a sensação de dever cumprido.

E antes que alguém me acuse de ter causado alguma angústia alheia, quero dizer que, seria impossível enfrentarmos a velhice com o peito aberto e a cabeça erguida se não tivéssemos a capacidade de construir e usufruir do nosso mais importante patrimônio humano. O amor!

Lembrando com isso, que o ponto de partida universal para a construção dos laços de afeto que nos sustentarão e que durarão até a hora derradeira, é sem sombra de dúvida, o amor próprio. Podemos concluir então, que sem esse bendito amor próprio, não teríamos a habilidade de amar de forma positiva e de construir um verdadeiro patrimônio de vida? A resposta é SIM!

A ilusão de que alguém já poderia responder a nossa pergunta? Qual patrimônio você vem construindo ao longo de sua vida?

Para aqueles que quiserem compartilhar comigo nos bastidores alguma continuidade dessa prosa, prometo que serei todo ouvidos. Terei grande alegria em ouvi-los a respeito. Contem comigo!

Um grande beijo e até a próxima semana.

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