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  • Andressa Gonçalves - Estudante de Design de

CINEnews | Há Muito Tempo, Em Uma Galáxia Muito Muito Distante...


Em nossa postagem anterior, falamos sobre a importância da trilha sonora no cinema, sobre o poder que a “música perfeita” tem de fazer florescer no telespectador o sentimento pretendido em determinada cena. Durante tal ocasião, inclusive, citamos a trilha sonora de Star Wars como uma das melhores de todos os tempos e demos especial atenção a uma das mais marcantes canções que a compõe:

E, já que estamos dentro do universo de Guerra nas Estrelas, falaremos sobre o burburinho do momento, o filme mais esperado do ano (para mim, pelo menos): Star Wars: Os Últimos Jedi. Aqui você encontrará algumas curiosidades sobre a película e o que você pode esperar dela nas telinhas.

Começando com uma revelação bombástica: O título nacional dado ao filme está errado!

Isso mesmo que você acabou de ler! O correto seria Star Wars: O Último Jedi, no singular. Você deve estar se perguntando… Por quê? Calma, calma, vou explicar o motivo da confusão.

Assim que foi anunciado o nome do filme, começou a pairar a dúvida na cabeça dos fãs, já que o nome original, The Last Jedi pode significar tanto O Último Jedi no singular, quanto Os Últimos Jedi no plural.

Rian Johnson, diretor do filme, explicou recentemente em entrevista ao programa Good Morning America qual o correto e por quê: “Foi muito engraçado as pessoas me perguntarem isso quando o título foi anunciado, porque eu nunca tinha nem pensado nessa pergunta. Isso me pareceu desinteressante, eu acho. Na minha mente, é singular.

Não conformada com a resposta de Rian, a apresentadora o pressionou mais um pouco, perguntando se o último Jedi seria Luke, a fim de obter uma resposta mais precisa. Isso fez com que finalmente, Rian esclarecesse a questão de uma vez por todas “Eles dizem em “O Despertar da Força” que ele vai encontrar o último templo Jedi, e que Luke é o último Jedi.

Daí o erro na tradução do nome, o vídeo completo sobre a polêmica você pode encontrar AQUI (apenas em inglês). E as curiosidades não param por aí, o site Adoro Cinema, compilou algumas das mais intrigantes, vamos a elas:

O que fizeram com Luke? Após ler o roteiro, Mark Hamill disse a Rian Johnson que ele não concordava com os rumos que seu personagem, Luke Skywalker, tomava no filme. Apesar disso, o astro afirmou que daria o seu melhor durante as filmagens.

Não foi dessa vez! Ewan McGregor demonstrou interesse em reprisar seu papel de Obi-Wan Kenobi neste filme.

Essa é confiável! Kelly Marie Tran (a Rose Tico na trama) escondeu até de sua família que estava escalada para este filme. Ela chegou a mentir, dizendo que estava fazendo um filme canadense! Essa sim sabe guardar segredo!

Nome provisório Durantes as primeiras produções, o nome do filme era Space Bear.

Pequenas grandes mudanças Rian Johnson preferiu mover a cicatriz facial de Kylo Ren (Adam Driver). Em Star Wars: O Despertar da Força (2015), o personagem é atingido por um sabre de luz no nariz. Neste filme, no entanto, a cicatriz desse machucado foi parar em cima do olho direito do rapaz. O motivo? Bem, o diretor não achava certo ter uma cicatriz no nariz.

Quem é você, Hamill? Daisy Ridley levou seu pai para o set de filmagens na Irlanda, onde a cena final de Star Wars: O Despertar da Força (2015) estava prestes a ser recriado. Quando o pai da atriz conhece Mark Hamill, ele pergunta: "Qual é o seu papel no filme?". Será que ele estava só brincando?

Participação especial Tom Hardy aparece no filme como um stormtrooper.

Haja coração! Trata-se do filme mais longo da franquia, com 152 minutos.

Identidade secreta?

Além de ser o eterno Luke Skywalker, Mark Hamill também interpretou Dobbu Scay, personagem secundário que aparece na cena do cassino, em que Finn e Rose dialogam. Isso se deveu a um pedido do ator, que sempre quis fazer um personagem em CGI.

Mark Hamill como Dobbu Scay (Fonte: Metro.co.uk)

Análise Cinematográfica e Considerações Finais

Para fãs da franquia Star Wars, o filme é ótimo; apesar de não responder todas as perguntas feitas em O Despertar da Força (2015), fornece uma boa continuação para os eventos do mesmo. Para quem não é fã e pretende começar a assistir aos filmes da série por este... não é uma boa ideia. Recomendo que assista desde o Episódio I para entender melhor toda a complexidade do universo de Guerra nas Estrelas ou, tente assistir ao filme anterior, Episódio VIII, cujo nome foi citado acima.

O filme começa com Rey buscando a ajuda do lendário Luke Skywalker (Fonte: Vimeo)

O filme mistura antológicas cenas de ação, com a velha fórmula do “bem contra o mal”. O mais fascinante nisso tudo é que, mesmo se tratando de um recurso já bastante utilizado na história do cinema, heroína versus vilão, a direção e roteiro conseguem inovar essa receita de sucesso, fazendo o espectador ficar em dúvida até o fim do filme se a heroína se tornará vilã, se o vilão se tornará herói ou se cada um vai permanecer onde está.

Outro fator interessante, é o uso de personagens femininas assumindo papéis de liderança, o que traz Star Wars para a atualidade, abordando temas como o empoderamento feminino. Além disso, a personagem vice-almirante Amilyn Holdo tem cabelos roxos, o que ajuda a incentivar o respeito às diferenças e a quebra de alguns preconceitos.

O filme é no geral muito bem construído, mas não consigo deixar de associá-lo como praticamente uma releitura de Star Wars - Uma Nova Esperança (1977), onde há uma pupila que procura um mestre, um novo Império Galáctico agora chamado de Primeira Ordem, e o surgimento de um novo Darth Vader, seu sobrinho Kylo Ren (Adam Driver).

É agradável ver essa nostalgia em relação ao primeiro filme da série, mas, um pouco frustrante também. Por se tratar de uma nova trilogia, esperava-se ver alguns dos antigos personagens mas retratados em um novo contexto, tendo um novo tipo de trama de plano de fundo, explorando outros elementos desse universo tão rico e com tanto a ser abordado.

Será Kylo Ren um novo Darth Vader? Isso só o Episódio X poderá nos dizer… (Fonte: Flickr)

Outro ponto que tem dividido opiniões foi a participação dos personagens Finn e Rose no Episódio IX da trama. Particularmente, eu adoro ambos e gostaria de tê-los visto com maior destaque e em uma missão mais “empolgante” a cumprir (É tarde para acrescentar esse pedido para o próximo filme da saga? Hein, Papai Noel?). Por vezes, me peguei desejando que a parte deles terminasse logo para acompanhar a jornada de Rey, e suas descobertas. A propósito, Daisy Ridley está muito bem no filme, bem como Mark Hamill e Adam Driver.

A trilha sonora, como sempre, está impecável e é minha aposta pessoal para o próximo Oscar (se não for indicada… nem assistirei ao evento. Quer dizer, assistirei sim, mas só para lamentar a ausência de John Williams entre os indicados); muito bem orquestrada e fazendo as transições de cena com maestria, tudo perfeitamente sincronizado.

Os cenários, muito realistas, foram complementados por efeitos especiais de tirar o fôlego e cortes sutis bem feitos.

No todo, o filme proporciona um maravilhoso entretenimento, seja manhã, tarde ou noite, prendendo a atenção e fazendo seus 152 minutos de duração passarem literalmente voando.

Este filme recebeu 4 de 5 pipocas:

Nos vemos na próxima, e que a força esteja com vocês!

Andressa Gonçalves é futura jornalista. Como adora cinema, sempre pesquisa sobre paletas de cores, trilhas sonoras, curiosidades, e tudo o que pode sobre este universo. Mantém também o projeto bilíngue Expedição Musical, que toda semana apresenta ao grande público novos talentos do cenário musical.

Contato: miss.gonc00@gmail.com

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