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Foto do escritorAlexandre Madruga

PSICOnews | Síndrome da Cabana: Saiba identificar se você está passando por isso


*Por Danny Reis


No início da quarentena, com o isolamento social devido à pandemia do coronavírus, muitas pessoas se frustraram por terem que ficar confinadas em casa, perdendo o contato com o mundo exterior. Mudanças desagraváveis ocorreram, como: alteração na rotina, momentos de tédio, solidão, picos de ansiedade, desemprego e outros fatos indesejáveis.

O agravamento da pandemia, o fechamento dos comércios e dos serviços considerados não-essenciais, o alto risco de contaminação e as incertezas sobre o futuro fizeram o confinamento durar um pouco mais que o esperado.


Com a adoção de novas medidas de flexibilização do isolamento social e a reabertura dos comércios e alguns serviços, percebeu-se um aumento no número de pessoas que relatavam sentir muito medo de sair de casa, de entrar em contato com outras pessoas e de retornar às atividades normais pós-pandemia. Essa sensação ficou denominada de Síndrome da Cabana.


Esse termo não é novo, surgiu por volta do ano de 1900, no norte dos Estados Unidos, que durante o inverno rigoroso, obrigava trabalhadores a se confinarem nas cabanas esperando o período da nevasca passar e voltar para suas casas. Porém, ficavam com receio de retornar ao convívio social, sendo acometidos por sensações, sentimentos e atitudes negativas devido ao tempo de confinamento nas cabanas.


A Síndrome da Cabana não é reconhecida como um distúrbio psíquico, porém, isso não significa que seus sintomas não sejam reais ou que não tragam prejuízos à saúde.


Os sintomas mais comuns podem ser descritos como:

• Letargia (sonolência ao acordar e lentidão nas atividades diárias);

• Falta de esperança que tudo volte ao normal, desamparo e desconfiança (previsões à cerca do futuro);

• Desconfiança das pessoas próximas;

• Distúrbios alimentares (aumento ou diminuição na quantidade ingerida);

• Atenção, motivação e foco comprometidos;

• Sentimento de frustração;

• Alterações do humor;

• Tristeza profunda ou pensamentos depressivos;

• Sintomas de ansiedade, irritabilidade, taquicardia, inquietação e outros.


Não significa que, obrigatoriamente, as pessoas terão esses comportamentos, nem que seja um diagnóstico fechado. É importante investigar e evitar que tais sentimentos limitem as atividades diárias eimpeçam de levar uma vida normal.


Atitudes que podem ser eficazes contra a Síndrome da Cabana:

• Esteja no controle das suas atividades diárias, pois isso pode contribuir para diminuir a angústia e o medo;

• Faça um planejamento de uma rotina produtiva para aumentar sua confiança;

• Não tenha pressa, faça no seu tempo, pois tudo chegará ao seu devido lugar, não importa quanto tempo seja necessário;

• Não perca a comunicação com as pessoas para não deixar que seus próprios pensamentos tirem conclusões precipitadas sobre o mundo e as coisas;

• Praticar atividades físicas auxilia no combate aos transtornos de ansiedade, depressão, estresse e a síndrome da cabana.

• Praticar yoga e meditação também atuam terapeuticamente no combate a essas sensações;

• Caso esses sentimentos lhe impeçam de ter uma vida normal, procure um profissional especializado.


Outras gerações viveram momentos difíceis, como: pestes, doenças infectocontagiosas, outras pandemias, e todos essas circunstâncias foram superaram. A humanidade se adaptou e aprendeu a administrar suas crises. Esteja certo de que dias melhores virão, e pode começar por você.



Para esse e outros sintomas de ansiedade, depressão e outras doenças psicossomáticas, entre em contato e agende uma sessão terapêutica.


Danny Reis é terapeuta sistêmico, bacharel em teologia, graduando em psicologia(Estácio), pós graduando em neurociências(UFRJ) e treinador comportamental.

Para mais informações sobre programas terapêuticos e técnicas de respiração consciente: Instagram: @dannyreis.terapeuta; Cel e WhatsApp: (21) 96496-9622.



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