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Foto do escritorAlexandre Madruga

PSICOnews | A baixa autoestima e seus males à saúde


*Por Danny Reis


Quando você se olha no espelho, o que vê? Beleza, autoconfiança, gratidão ou vê coisas para consertar no corpo, sensação de incapacidade ou de que não é como gostaria de ser? Se ao olhar no espelho você enxergar mais defeitos do que qualidades, pode ser que você esteja com baixa autoestima.


Autoestima é uma crença que forma conceitos sobre o que o indivíduo pensa sobre si, seja positivo ou negativo. Está relacionada à autossatisfação e ao quanto a pessoa se gosta. Não é considerada uma doença, mas um sintoma e pode estar relacionado à depressão e transtorno de ansiedade.


Vivemos em um mundo de valorização da aparência e o fortalecimento de contextos positivos de vida, impulsionados, por exemplo, pelas redes sociais. As pessoas não precisam mais “ser”, bastando apenas “mostrar”. A necessidade por receber curtidas e comentários nas publicações, desejo de ser visto(a) e de agradar a todos podem geram medo de rejeição, o que contribui para agravar a baixa autoestima, caso não consiga o resultado esperado em uma postagem, ou ao observar uma suposta qualidade de vida maior no outro.


Com o desemprego em alta, devido à pandemia do coronavírus, e a adaptação ao isolamento social, as características de baixa autoestima são mais notáveis, tendo em vista o aumento dos índices dos transtornos de ansiedade, depressão e estresse em toda a população brasileira.


O Jornal Extra publicou no dia 12 de abril de 2018 uma pesquisa feita pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), informando que 56% dos desempregados brasileiros desenvolveram o sentimento de baixa autoestima, prejudicando o desempenho, tanto físico quanto emocional dos entrevistados, desencadeando vários sentimentos negativos: ansiedade (70%), estresse (64%), angústia (63%), insegurança em continuar procurando emprego(67%), desânimo (60%), e medo de ser rejeitado (59%). Isso significa que há uma relação entre emprego e autoestima. Logo, quanto mais desempregados, mais pessoas com baixa autoestima. Ou seja, o desemprego alimenta a baixa autoestima e a baixa autoestima retroalimenta o desemprego, como também os sintomas de ansiedade e depressão, gerando um clico de hábitos negativos na vida das pessoas.


É preciso estar atento aos sintomas da baixa autoestima, pois suas características são, muitas das vezes, sutis e podem prejudicar a produtividade no trabalho, nas relações familiares, sociais e conjugais.

As principais características da baixa autoestima são:

· Medo de rejeição: são pessoas com receio de levar um “não” e se sentirem envergonhadas;

· Necessidade de receber elogios, reconhecimento e validação dos outros;

· Ter a tendência ou o hábito de encontrar culpados para seus problemas, dificuldades ou erros cometidos;

· Timidez em excesso;

· Sensação de incapacidade;

· Não reconhecer as próprias limitações;

· Falta de autoconfiança;

· Dificuldade para reconhecer os próprios ganhos e conquistas;

· Tendência a ter preguiça e a procrastinar nas atividades diárias;

· Não saberlidar bem com as críticas;

· Se comparar com outras pessoas nas atividades ou resultados obtidos;

· Necessidade de inferiorizar as pessoas ou enxergar os defeitos delas;

· Perfeccionismo constante.

Como desenvolver a autoestima?

É importante dizer que a autoestima super elevada também pode prejudicar o indivíduo, tornando-o auto suficiente, prepotente e narcisista, e que certamente trarão prejuízos significativos. Já a boa autoestima pode evitar os sintomas de ansiedade, estresse e comportamentos depressivos.


Busque o autoconhecimento, pois é uma excelente ferramenta para olhar para si e conhecer melhor a própria essência. Identificar e saber como gerenciar os próprios defeitos e qualidades são passos importante para o desenvolvimento pessoal.


Evite se comparar com os outros. Ao invés disso, procure se superar, buscando aquilo que pode fazer melhor de uma próxima vez, sem usar o outro como parâmetro de comparação. Isso aumentará sua produtividade e satisfação com os próprios resultados.


Tenha cuidado com o perfeccionismo e a autocobrança. Eles podem te estacionar e te impedir de produzir. Seja mais flexível consigo mesmo(a) e não se culpe quando algo não sair conforme o esperado, pois certamente com um pouco mais de empenho você se sairá melhor.Comemore cada resultado e relembre suas conquistas, pois será um combustível extra que te conduzirá a um próximo nível de produtividade.


Aceite-se! Se olhe no espelho com admiração, pois você é único(a), e confie em si mesmo(a). Seja grato(a) todos os dias por tudo que você conquistou, por todas as pessoas que estão ao seu redor e por todas as oportunidades que você recebe diariamente.



A gratidão é parte fundamental para uma autoestima saudável, e que, certamente, contagia positivamente todos que estão ao redor.

Danny Reis é terapeuta sistêmico, bacharel em teologia, graduando em psicologia(Estácio), pós graduando em neurociências(UFRJ) e treinador comportamental.

Para mais informações sobre programas terapêuticos e técnicas de respiração consciente: Instagram: @dannyreis.terapeuta; cel e whatsapp: (21) 96496-9622.

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