O Autismo e a Família
*Fabiana Caminha Santos
O autismo foi descrito pela primeira vez, em 1943, por Leo Kanner e desde então tem sido foco de pesquisas e constantes revisões, por diferentes perspectivas, quanto à sua denominação e caracterização. Atualmente no Brasil considerado como uma deficiência e integrando o Transtorno do Espectro Autista (TEA), o autismo caracteriza-se pelo prejuízo funcional nas áreas da comunicação, da interação social e do comportamento.
Quando diagnosticado o Autismo, o contexto familiar sofre rupturas imediatas na medida em que há interrupção de suas atividades rotineira, transformando todo o emocional no qual se vive, com isso é importante a família se unir em prol das dificuldades de autista.
Pode-se, inclusive, ressaltar alguns aspectos do impacto do diagnóstico de autismo na família. Primeiramente, muitas famílias levam tempo “negando a realidade”, conforme afirma Ribeiro3, tal posicionamento da família pode retardar e até comprometer o desenvolvimento da criança, visto que, enquanto a família nega isso, provavelmente a criança permanece sem os devidos cuidados técnicos de profissionais que lhe auxiliarão em seu desenvolvimento, maximizando, dessa forma, o sofrimento da criança.
Torna-se fundamental que a família organize da melhor maneira seus horários para que os efeitos de suas mudanças impactem o mínimo possível o autista. Para Pereira4, a
“[...] rotina da criança deve ser bem estruturada, pois a previsibilidade é importante para que ela se mantenha sob controle e aceite novos conhecimentos”.
Logo, conclui-se que as mudanças acontecem na família, porém elas ocorrem de acordo com a forma pela qual a família elabora os sentimentos em relação à criança e ao transtorno que a acomete. É de suma importância uma assistência continuada e multidisciplinar, visando a um progresso maior em todos os aspectos da família do portador do Autismo.
Fabiana Caminha Santos é Terapêuta Ocupacional e Especialista em Autismo (Univercidade Cbi Miami)
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