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Foto do escritorPriscila Batista Arcanjo

LITERATURAnews | Venha aventurar-se na literatura histórica de Filomena Lepecki


Maria Filomena Bouissou Lepecki nasceu em Cuiabá em 1961. Trabalhou como oftalmologista por 15 anos, mas decidiu dedicar-se à literatura e ao estudo da linguagem desde que foi morar na Ásia e na África por motivos familiares. Seu livro mais recente, UMA PONTE PARA ISTAMBUL, conta a aventura de uma jovem professora de história do Brasil que viaja para Istambul à procura de suas origens. Uma narrativa baseada em pesquisa histórica que cria uma ponte entre o ocidente e o oriente, o passado e o presente, a realidade e a imaginação. O livro foi best seller na categoria dele na Amazon por 3 vezes este ano. Também foi pré-lançado em inglês na Ásia e será lançado em francês na França ainda este ano. Além disso, seu primeiro livro, CUNHATAÍ - UM ROMANCE DA GUERRA DO PARAGUAI, ganhou 3 prêmios e será republicado esse ano pela editora Entrelinhas.

O LITERATURAnews conseguiu uma entrevista exclusiva com Filomena Lepecki. Confira! Qual foi a sua inspiração para escrever o seu último livro: UMA PONTE PARA ISTAMBUL ? Filomena - Quando visitei Istambul há alguns anos, fiquei fascinada com as camadas de história que aconteceram ali. Uma cidade que é viva e atual, e, ao mesmo tempo, onde tropeçamos em cada esquina com vestígios de impérios que se elevaram e depois decaíram: bizantinos, gregos, otomanos… Tentei fazer uma ponte com o nosso império no século XIX também. Surgiu uma história em que há o elemento fantástico da viagem no tempo e D. Pedro II é personagem indireto. O livro é uma aventura histórica em busca de raízes: a identidade individual, no caso da protagonista Arzu, como também coletiva, de todos nós, já que evidencia objetos que são enigmas arqueológicos, à frente do seu tempo, que existem e estão em museus hoje. Como surgiu o seu interesse pela pesquisa e estudo da linguagem e das línguas raras faladas no mundo? Filomena - Surgiu ao buscar a origem da comunicação escrita, onde a cultura e a própria literatura começaram. Uma língua rara, em vias de extinção, como existem várias neste momento no mundo, está perto de calar um povo para sempre. Da mesma forma, quando se desvenda uma escrita antiga, uma cultura volta a conversar conosco. E isso é de uma riqueza, não é? Imagine o mundo sem entender até hoje os hieroglifos egípcios ou a escrita cuneiforme! A história, a arqueologia, a epigrafia, a antropologia, nós todos devemos muito aos pesquisadores do século XIX: Champollion e Creswicke! Sempre que posso, gosto de mencionar escritas ainda não decifradas também, para jogar uma luz sobre elas, como a harappan do Vale do Indo (hoje Paquistão) e o rongorongo da Ilha de Páscoa. De todas as línguas raras que você tem conhecimento, qual despertou mais o seu interesse? Por qual motivo? Filomena - A dos bosquímanos, no sul da África, também conhecidos como khoisans ou bushmen. Isso porque é provavelmente a língua mais antiga continuamente falada do mundo, se considerarmos que eles estão aqui há mais de 40.000 anos, e uma parte significativa, mantém os mesmos hábitos de coletores e caçadores desde a pré-história. É considerado o idioma que mais explora foneticamente a boca, com 6 estalinhos distintos. Quando vivi na África do Sul, estudei um pouco de zulu, que utiliza 3 destes estalinhos. O difícil é colocar uma vogal depois de cada estalinho. Atualmente, você desenvolve um projeto de mapeamento de pinturas rupestres no Brasil. Conte-nos um pouco mais sobre este projeto. Filomena - Devido ao projeto que desenvolvo no Instagram ("EXPLORE - Literatura em lugares exóticos"), decidi pesquisar as inscrições enigmáticas da Pedra do Ingá, na Paraíba. Daí, aproveitei para pesquisar também as pinturas rupestres do Rio Grande do Norte e da Paraíba. Para isso, formamos um time de especialistas: Carla Belke (cinegrafista), João Rosa (arqueólogo), Ricardo Câmara (geógrafo) e Henrique Lepecki (produtor). Assim surgiu a "Expedição Pedras Marcadas", cujo primeiro vídeo está em fase de edição. Pretendemos expandir para outras regiões, já que o Brasil é rico em arte rupestre e seria ótimo se crianças e jovens tivessem a consciência de preservação.

Depois desta maravilhosa entrevista, convido todos a conhecer os trabalhos realizados por esta talentosa escritora no Instagram dela (@mariafilomenalepecki). UMA PONTE PARA ISTAMBUL pode ser adquirido como ebook na Amazon brasileira, em papel na Amazon internacional ou pelo direct no Instagram da escritora.

 

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