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Foto do escritorAlexandre Madruga

Do que o carioca sente mais saudade durante o isolamento social?


Em pesquisa, moradores da cidade dizem sentir falta especialmente do chope gelado, do barulho das ondas e do abraço de amigos e parentes Ao ficarmos isolados socialmente, deixamos de receber diversos estímulos sensoriais responsáveis por muitas de nossas lembranças. Num estado de confinamento prolongado, de quais estímulos, odores, cores, sabores, sons e texturas sentiremos mais falta? As respostas -- no que se refere aos cariocas -- estão numa recente pesquisa quantitativa online, realizada pela ESPM Rio, escola de negócios referência nas áreas da Economia Criativa. O estudo foi realizado entre os dias 12 e 21 de abril, pelas doutoras e pesquisadoras do cRio ESPM, Think Tank relacionado a temas do Rio, Ana Erthal e Karine Karam. Foram contabilizadas 403 respostas, 66,7% atribuídas a mulheres e 33,3 % a homens, de 15 a 65 anos de idade. Os dados da pesquisa demonstram que o carioca gosta da cidade e sente falta do cotidiano e do ambiente urbano durante o confinamento -- 80% dos pesquisados concordam totalmente ou parcialmente com a frase "Eu amo morar, viver, trabalhar no Rio". Sobre as lembranças sensoriais, a pesquisa indica que 62% dos cariocas dizem sentir falta de olhar o verde da natureza. Para 45% deles, é difícil não ver o movimento alegre dos bares e 39% apontaram sentir saudade de ver o vai e vem das pessoas. Em relação ao som, o barulho das ondas do mar faz falta para 34% dos cariocas e 27% do grito de gol aos domingos. As bebidas ganham destaque entre os sabores da cidade. Deixar de tomar aquele chope gelado é sentido com pesar para 46% dos cariocas, 44% sentem falta do vinho com os amigos, 43% do café na padaria e 32% da água de coco na praia. Empatados em 31% estão o sorvete na rua e o mate na praia. O pastel na feira também deixa saudades para 29%. O distanciamento físico é outro aspecto abordado pelas pesquisadoras. A maioria dos entrevistados, 84%, disse sentir a falta do abraço dos amigos e parentes, 69% do afago das mãos de pais e avós. A falta do aroma do pão da padaria é sentida por 52% dos cariocas, do cheiro da chuva para 42%, do aroma da pipoca de cinema para 41% e 38% sentem falta do cheiro da maresia. E do que o carioca não sentirá falta, caso a quarentena se estenda? Do barulho de buzinas e motores de carros, das aglomerações no transporte público e o cheiro dos escapamentos.

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