Consumidora atenta não compra produto nas Lojas Americanas

Filial do Parque Shopping Sulacap passou orientação que cliente discordou

Quando se tem conhecimento do Código de Defesa do Consumidor (CDC), raramente o consumidor é lesado. Foi o caso da estudante e autônoma Patrícia Mattos, 33 anos, que exerceu seu direito, mostrou conhecimento das leis e não comprou o produto, após receber uma informação equivocada de uma funcionária das Lojas Americanas, no Parque Shopping Sulacap na última quarta-feira (21).

Patrícia foi comprar uma boneca Barbie e quando chegou ao caixa, foi informada pela atendente, que por se tratar de uma mercadoria eletrônica, o prazo para troca seria de três dias. Prazo que foi contestado imediatamente.

– Informei a mesma que se tratava de uma informação ilegal, pois o código é muito claro que a mercadoria com defeito, o fornecedor responde solidariamente pelos vícios de qualidade do produto, ou seja, se a mercadoria está com problemas eu tenho 30 dias para a substituição do produto em perfeitas condições de uso, caso não seja sanado eu ainda posso solicitar restituição do valor monetariamente atualizado. – afirmou com veemência a cliente.

Baseado na Lei nº 8.078 de 11 de Setembro de 1990 da CDC, no artigo 18, Patrícia não esmoreceu e desistiu de ter o produto, que acabou comprando em outra loja do shopping. Na Hi Happy, realizou a compra com as condições que considerou legais, baseadas no código.

Entramos em contato com a matriz das Lojas Americanas, que respondeu dizendo que “A Lojas Americanas informa que o prazo mencionado pela atendente é o prazo de troca por liberalidade concedido pela empresa, na hipótese de arrependimento. Em caso de defeito aplicam-se as disposições do Código de Defesa do Consumidor, previstas no art. 18”.

Ficam duas lições. Uma que consumidores antenados nunca serão lesados. Para as lojas é necessário uma orientação mais clara das condições de garantia, para evitar que se percam vendas, por pura falta de clareza na informação aos clientes.