A grande maioria das pessoas vêem o Natal como um momento de celebração em familia, de comprar e dar presentes, de ceiar, enfeitar a casa com muito brilho, luzes piscantes...

Mas é importante que essa euforia propagada e até mesmo forçada não seja tomada como padrão. 

Se propaga a idéia que o espírito Natalino é consumir, é estar diante de uma ceia farta em família, é ter uma árvore de Natal cheia de enfeites, presentes...

Daí, tal imaginário sobre o que representa o Natal, gera muita angústia e sofrimento a todos aqueles que não vivem essa realidade.

O Natal também pode ser um momento de tristeza e de dor e isso deve ser respeitado. Há aqueles que não tem família ou estão distantes de seus familiares e amigos (seja por desentendimentos, falecimento ou por morarem em locais distantes). Há pessoas que estão gravemente enfermas e estão hospitalizadas. Por muitas razões, várias pessoas estarão sozinhas no Natal.

Ter que lidar com a solidão nesse momento não é uma experiência simples. Diante da cobrança social, onde se dita uma obrigatoriedade em ser feliz, surge o sentimento de inadequação e de desamparo, que em alguns casos pode levar ao uso de drogas como forma de fuga da realidade e em casos mais extremos em tentativa de suicídio.

Dessa forma, a vida não deve se prender a padrões. Por tanto, não se obrigue por medo da solidão a estar com pessoas ou lugares que não o façam bem. Não se sinta inadequado por não compartilhar da euforia alardeada pela mídia. 

Cada um deve viver o Natal da forma que for possível, respeitando a sua dor e o seu momento de vida. 

Natal simboliza renascimento... É a partir da dor do sofrimento que é possível ressignificar a própria existência e assim renascer para um novo tempo... Que este novo tempo seja de paz e respeito, a si mesmo e ao próximo.

Com carinho, Psicóloga Gabriella Cortés CRP 05/34522 Instagram- @psi.gabriellacortes Fanpage- @psi.gabriellacortes Ilustração- Yaoyao Ma Van (fonte: Pinterest)