FISIOnews | Espondilite anquilosante: o que é?

Como o próprio nome diz, "espondilo" significa vértebra e "anquilose" significa fusão. A espondilite anquilosante é uma doença inflamatória que não tem cura, apenas tratamento, caracterizada por comprometer progressivamente, principalmente as articulações sacroilíacas (região inferior da coluna) e vertebrais, formando fusões ósseas nas articulações, começando nas regiões baixas da coluna, perdendo a mobilidade das mesmas. A prevalência é maior nos homens, atingindo com maior frenquência entre 20 a 40 anos de idade. Acredita-se que o fator genético esteja ligado a esta doença.
A dor e a rigidez lombar podem persistir por várias horas na parte da manhã, após a pessoa se levantar da cama ou ficar por várias horas em períodos de inatividade durante o dia.
O começo da doença normalmente é na fase da adolescência ou início da vida adulta, com um quadro de dor nas costas e na lombar. O paciente com espondilte anquilosante adota uma postura encurvada, com hipercifose dorsal, retificação da curvatura lombar e coluna rígida, chamada de postura do "esquiador".
A progressão da espondilite anquilosante, poderá resultar em anquilose generalizada, mesmo que rara, transformando em "coluna em bambu", assim ela é conhecida.
Além da articulações sacroilíacas e a lombar, outras articulações e orgãos poderão ser afetados:
- Ombros;
- Joelhos;
- Quadril;
- Olhos;
- Coração;
- Rins;
- Intestino;
- Sistema nervoso;
- Pulmões.
O diagnóstico de espondilte anquilosante deve ser clínico, radiológico e laboratorial. vejamos as 5 características clínicas que sugerem a doença: idade inferior a 40 anos, início insidioso com desconforto local, mais de 3 meses com os sintomas, rigidez na parte da manhã e melhora do quadro com exercícios físicos.
Um teste importante que auxilia no diagnóstico é o teste de schober, usado durante a avaliação do paciente, sendo através dele que vamos ver o grau de restrição para flexão da coluna.
Exercícios na fisioterapia deverão ser realizados baseados no grau de comprometimento de cada paciente. Na fase aguda, a busca do alívio da dor é constante. Lembrando que a perda da mobilidade é progressiva, então o profissional tem que realizar um protocolo de mobilização articular, buscando evitar que a doença progrida com rapidez, prevenindo de sequelas. Outra informação importante é em relação a uma boa postura, tanto ao se deitar como também ao sentar. Em alguns casos é importante realizar exercícios respiratórios, pois com a progressão da doença, poderá comprometer a caixa torácica também perder a mobilidade, tendo como consequência perda de expansão.
Leandro Borges é Fisioterapeuta e Instrutor de Pilates, Pós-graduado em Traumato-ortopedia com ênfase em Terapias Manuais.
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