Andrea Neves estava em prisão domiciliar Agora, foi a vez do Ministro Marco Aurélio Melo deferir liminar requerida pela defesa da irmã de Aécio Neves, Andrea Neves, para que ficasse livre da prisão domiciliar. A medida também beneficiou mais dois investigados aliados do tucano, Frederico Pacheco de Medeiros (primo de Aécio) e Mendherson de Souza Lima, ex-assessor parlamentar de Zezé Perrela (PMDM-MG).

A decisão também revogou obrigatoriedade do uso de tornozeleiras eletrônicas, derrubou a proibição de ter contato com outros investigados no processo e liberou os investigados para sair do país quando quiserem. No episódio da gravação de Wesley Batista, um dos proprietários da empresa JBS, em delação premiada, houve denúncia da liberação de 200 milhões de reais para Aécio Neves que alegou ter sido um empréstimo pessoal. Baseado nesse argumento da defesa, Marco Aurélio de Melo concedeu parecer favorável à Andrea, e ainda beneficiou outros dois envolvidos na denúncia contra Aécio.

Recentemente, outro Ministro do STF, Gilmar Mendes, tomou decisões que irritaram a força tarefa da Lava Jato e o Juiz Celso Bretas, ao deferir liminar requerida pela defesa do “Rei do ônibus”, Jacob Barata, que estava preso em Benfica por indícios de corrupção ativa aos parlamentares da Alerj e, principalmente, beneficiando com propinas ao ex-Governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho e ao Presidente da ALERJ, Jorge Picciani. A última vez que foi preso, Barata estava no Aeroporto do Rio embarcando para Portugal com passagem só de ida. Ainda assim, Gilmar Mendes concedeu liminar que o soltou mais uma vez.