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Ane Louise Michetti - Psicóloga

NAMORALnews | Drogas: por que não legalizar?


A reflexão desta semana é por que não legalizar as drogas? Você é a favor ou contra? Toda vez que chega alguém para atendimento seja um usuário, familiar ou amigo surgem essas perguntas.

A epidemia das drogas se constitui no maior problema de saúde pública e de segurança no país. Com a liberação, aumentará o número de dependentes químicos das drogas.Nos últimos 200 anos, já tivemos verdadeiras tragédias sociais em todos os locais onde as drogas foram liberadas. Junto com o aumento de transtornos mentais decorrentes da dependência, aumentaram os problemas sociais, de segurança e de saúde. Sem falar na destruição de milhões de famílias, devastadas quando um de seus membros se torna dependente. Quem tem um caso de dependência na família sabe exatamente o que é viver essas angústias.

A China, no século 19, guerreou contra a Inglaterra para (pasmem) poder proibir o ópio. A Suécia teve graves problemas sociais, de saúde pública e segurança com as drogas liberadas até que, em 1969, aprovou leis duríssimas contra elas. O mesmo se passou no Japão pós-guerra. Hoje, China, Suécia e Japão têm baixíssimos índices de violência e doenças vinculadas às drogas, graças ao rigor das leis.

Os que defendem a liberação alegam que a proibição fracassou, pois o tráfico de drogas continua existindoO álcool e o tabaco juntos segundo as estatísticas, possuem aproximadamente 40 milhões de dependentes químicos no Brasil, justamente por serem legais e de fácil acesso. As drogas ilícitas não chegam à sexta parte disso.

Se liberadas, ultrapassariam, facilmente, os 40 milhões de dependentes. Alguém dúvida?Os países que jogaram duro contra as drogas foram os que mais reduziram o número de dependentes e a violência. É assim da China à Cuba, dos EUA à Suécia. E nenhum país do mundo liberou o tráfico.

O argumento de que álcool e cigarro respondem por 96,2% das mortes entre usuários de drogas, enquanto cocaína e derivados, por 0,8%, e maconha por nenhuma morte é, no mínimo, ingênuo. É tanta diferença que se fossemos pensar seria mais sensato colocar na ilegalidade o álcool e o cigarro e legalizar o crack e a maconha. Esses dados escondem a enorme subnotificação de mortes por drogas ilícitas. Com as lícitas é fácil fazer a ligação do usuário com a doença.

Com as ilícitas, não.Cerca de 25% dos usuários de crack morrem antes do quinto ano de uso, metade pela violência além de terem se tornado a moeda corrente no Brasil pelas imagens das chamadas “cracolândias”. Como já chegamos a 2 milhões de usuários de crack, vemos que essa substância pode causar mais danos que o álcool e o cigarro juntos.

Daí surge discussões, as marchas e vários manifestos que cabe a nós diante de tantas escolhas respondermos a pergunta do início da coluna.

Na moral a resposta depende de você!

Ane Louise Michetti dos Anjos é psicóloga, irremediavelmente apaixonada e ainda aprendiz na arte de ser dona de casa.

Tire suas dúvidas através do e-mail: anelouisepsicologa@gmail.com

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