O construtivismo é uma filosofia de ensino que vem transformando a vida, não só de muitas crianças, que aprendem de uma maneira sadia, prazerosa e, principalmente lúdica, como também dos profissionais envolvidos. O construtivismo é troca, é olhar, é sentir, é respeitar o tempo de cada indivíduo. Não seguimos a teoria de que apenas o aluno aprende com o professor em cima de um material pronto. O construtivismo vai muito além disso. Quando falei em troca, foi justamente por isso, o aluno aprende com o professor e o professor aprende com o aluno. O professor é um mediador de conhecimento, e servirá como incentivador para que o aluno participe ativamente, do seu próprio aprendizado.

Desde que comecei a trabalhar com essa filosofia, tive a certeza que brincadeira é coisa muito séria, porque as crianças aprendem brincando e os resultados são fantásticos, partindo do princípio que uma criança feliz consegue assimilar e aprender de uma forma muito mais rápida e satisfatória.

A ideia chave que torna o construtivismo diferente de outras teorias cognitivas foi lançada há cerca de 60 anos por Jean Piaget, e segundo ele, o método procura instigar a curiosidade, já que o aluno é levado a encontrar respostas a partir do seu próprio conhecimento e de sua interação com a realidade e com os colegas.

Emília Ferrero, aluna de Piaget, ampliou a teoria para o campo da leitura e da escrita, e concluiu que a criança pode se alfabetizar sozinha, desde que esteja em ambiente que estimule o contato com letras e textos.

“O construtivismo, enquanto teoria psicológica, tem sua origem no campo das ciências cognitivas, particularmente nos últimos trabalhos de Jean Piaget, nas obras sócio-históricas de Lev Vigotsky e nos trabalhosde JoromeBruner, Howard Gardner e Nelson Goodman, entre outros que estudaram o papel da representação na aprendizagem.” Do livro: Construtivismo e educação de Catherine TwomeyFosnot.

Renata Cyríaco é Diretora escolar/Pós graduada em gestão escolar e Educação especial e inclusiva/ Cursando coaching para crianças