Governo que cuida das pessoas, deixa dezenas abandonados em Sulacap
Apesar da praça possuir uma Academia da Terceira Idade (ATI), o projeto que atendia a esse público foi desativado no fim do ano passado e nunca mais foi reativado, mesmo com a Prefeitura do Rio deixando a promessa aos alunos de que ele voltaria. Aproximadamente 75 alunos ainda não tiveram aulas, pois o projeto “Academia ao Ar Livre” não foi mais ativados.
No projeto que tem aulas gratuitas nas manhãs de segunda a sexta-feira, com acompanhamento de um professor de educação física e uma enfermeira, os alunos recebem orientação para manter uma vida mais saudável e com exercícios, além de atividades sociais diversas. Mas no Campo do Muralha, ninguém ficou de braços cruzados esperando a nova Prefeitura cumprir a promessa.
Com intuito de manter as atividades, alguns alunos se uniram e estão pagando os profissionais do próprio bolso, para não ficar inativos, o que poderia prejudicar a saúde deles.
- Falamos com eles (alunos) da necessidade de manter a atividade física. Nessa idade necessitam trabalhar corpo e mente. A gente não faz só isso. Faz projeto social, aniversários e passeios. - afirma o professor Ari, que era contratado do projeto e hoje recebe ajuda de custo de alguns alunos.
Liliane Duarte de 36 anos, tem se movimentado para manter o grupo reunido, mesmo sem o apoio da Prefeitura e sem receber nada. Ela reclamou que já fez de tudo, procurou vereadores, mandou email para a secretaria municipal responsável, mas nada sensibilizou as autoridades.
- A gente continua fazendo alguns eventos, mas não tem retorno de ninguém. A associação nos mandou procurar uma vereadora para nos ajudar, também não conseguimos apoio. - afirma a técnica em enfermagem, que era contratada do projeto.
Em 1º de fevereiro, pedimos explicações a Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SMASDH) e a resposta foi que “o programa Academia ao Ar Livre não foi descontinuado. Os trabalhos estão sendo retomados gradativamente” e que o projeto do Campo do Muralha retornaria “o mais breve possível”.
Em 20 de fevereiro retomamos o contato pedindo prazo e a resposta foi a mesma dada no início daquele mês. Novamente tentamos resposta de prazo em 19 de abril, mas a SMASDH respondeu que “o projeto está sendo reavaliado para este local”.
Retornamos a contactar a secretaria nesse mês, no último dia 01/06 e até o momento, após uma semana, não obtivemos nenhuma resposta.
Tudo indica que o governo que afirmar “cuidar das pessoas”, deixará as pessoas do Campo de Muralha sem nenhum cuidado, ao menos na parte de atividades físicas.
Confira a entrevista completa com o professor Ari:
Confira a entrevista com a moradora Liliane Duarte: