Um preso e máquinas apreendidas por desmatamento no Catonho

Segundo delegado, terreno era usado para retirar saibro para venda desde 2014
Na última quinta-feira (25), policiais civis da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) realizaram operação na Estrada do Catonho 609, para apurar denúncia de desmatamento. O terreno tem grande área desmatada e foram encontrados no local duas escavadeiras e uma retro escavadeira, prontas para uso. Alexandre Maia Almeida foi preso, mas pagou fiança e responderá em liberdade pelo crime contra o meio ambiente, por executar lavra sem autorização, podendo pegar até um ano de prisão, além do crime da lei de arma, por ter munições calibre 38 sem autorização legal, podendo pegar até 3 anos de prisão.

- Alexandre se apresentou como responsável pelo local, sócio da empresa Almeida Tavares Transportes Ltda ME, dizendo estar fazendo uma obra para construção de um sítio, porém após vistoria no escritório do terreno foram encontradas diversas notas fiscais de venda de saibro por parte da empresa de Alexandre. – afirmou o delegado titular da DPMA, Roberto Gomes.
Ainda segundo o delegado, Alexandre já respondia a procedimentos na 33ª DP (Sulacap) e 5ª DP (Mem de Sá), que tratam de extração de recursos naturais oriundos desse terreno, além de ter sido notificado pelo INEA em 13/02/2017,"a não executar movimentação de terras em talude sem autorização prévia", sendo mais uma determinação desrespeitada.

De acordo com a unidade, na operação foram arrecadas cinco munições de calibre .38 no escritório de Alexandre, sendo conduzido à DPMA para registro da ocorrência ambiental e flagrante por causa das munições.
- Foi feita perícia do local que constatou o desmatamento ocorrido desde 2014, sem qualquer autorização, através do programa Google Earth. – avisa o delegado.
As máquinas utilizadas para o desmatamento foram apreendidas, para evitar que os trabalhos continuem no local, já que desde 2014 os trabalhos continuam, independente de registros policiais e notificações de órgãos competentes.
