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Seis anos do massacre da Tasso da Silveira tem ato ecumênico

Foto do escritor: Alexandre MadrugaAlexandre Madruga

Em 2011, estudantes foram assassinados por um ex-aluno da escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo e em lembrança a tragédia, nessa sexta-feira (7), foi realizado um ato ecumênico na praça, ao lado da escola no bairro de Realengo, para pedir paz nas escolas. Organizado pela Associação dos Familiares e Amigos dos Anjos de Realengo, todos deram um abraço ao colégio para relembrar os seis anos da tragédia que resultou na morte de 12 crianças.

Houve hasteamento da bandeira e oração com o reitor do Santuário Cristo Redentor do Corcovado, Padre Omar, que acompanha as famílias desde o dia do acontecimento. Também esteve presente o

pastor José Luiz, da igreja presbiteriana. Após o abraço ao colégio, com lançamento de bolas brancas por alunos, a presidente da associação Anjos de Realengo, Adriana Silveira, deu seu testemunho e agradeceu a todos os presentes.

- A gente aprende a viver com essa ferida. Vamos reaprendendo a viver. Minha filha sempre foi curiosa, caseira. Companheira, amiga. É um sentimento, um momento difícil. Uma confusão de dor e sentimento. Minha filha partiu e deixou um legado. Eu tento dar continuidade, lutando, pedindo segurança nas escolas. Nossos filhos perderam a vida entre lápis e cadernos. Hoje escola está maravilhosa. É modelo. Mas a luta continua, pois

não é só a Tasso da Silveira. Lugar de criança é na escola – disse Adriana (foto ao lado), que é mãe de Luiza Paula da Silveira, uma das crianças assassinadas no massacre, quando tinha 15 anos.

Várias autoridades religiosas e comunitárias estiveram presentes, mas a ausência do prefeito Crivella foi sentida e comentada.

- No dia que também é o dia do builling, a presença do prefeito era importante. Existe trabalho para ser feito dentro das escolas sobre isso. Não tem prevenção, não tem trabalho sobre isso. O prefeito não vir foi uma tristeza grande, um descaso. Queria que ele visse nossa realidade. Tem muita mãe aqui para contar uma historia de vida. Queremos trabalhar juntos e com nossa experiência, levar

para ele o que precisa ser feito. Decepção total ele não vir. Ele quer blindar escolas. Tem que fazer é prevenção. Fazer palestras, trabalhos de conscientização. Ele deveria vir e conversar com pais que vivem essa realidade e com certeza ele mudaria essa idéia. – disse Adriana, que enviou carta ao prefeito convidando para o evento.

O autor dos assassinatos, Wellington Menezes teria sido vítima de bulling durante o período escolar e isto teria motivado o crime que ficou conhecido como o Massacre de Realengo. Depois de chegada da Polícia Militar, o criminoso foi baleado e na sequência cometeu suicídio.

Sub-Tenente Alves (foto ao lado) foi o policial militar que primeiro chegou à escola no dia da tragédia e não consegue esquecer a tragédia.

- Não existe a palavra relembrar, isso está diretamente em nossa mente. Pela tristeza de perder entes queridos e isso marcou minha carreira. Tenho flashes e passa um filme. A violência esta muito grande. Muita vitima inocente, uma aluna em Acari. Esta difícil de combater, não podemos trabalhar como deveríamos. A Segurança Pública está de mãos atadas e precisamos de mais investimentos – disse o policial.


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