Sistemas de Gestão Empresarial (Parte 1)
Muito se fala em sistemas de gestão e da necessidade cada vez maior das empresas adotarem algum sistema desta natureza. Seja pela crescente competitividade dos mercados, seja pelo estreitamento do controle imposto pelos órgãos fiscalizadores, a exemplo do SPED – Sistema Público de Escrituração Digital.
Mais afinal de contas o que é um sistema de gestão?
Sistemas de Gestão Empresarial ou Enterprise Resource Planning – ERP – São sistemas informatizados, responsáveis pelo gerenciamento dos processos da empresa: orçamento, compras, controle de estoque, vendas, faturamento, financeiro, apuração de impostos, contabilidade, administração de pessoal, máquinas,entre outros. Ou seja, todos os processos operacionais e administrativos da organização!
A estrutura de um sistema ERP basicamente é composta por três camadas: Aplicação, Sistema Gerenciador de Banco de Dados – SGBD e Framework.
A APLICAÇÃO é o próprio sistema que é composto pelos seus diversos módulos, que são integrados e interdependentes, submissos às parametrizações.
O SGBD trata do banco de dados que é responsável pelo armazenamento dos dados criados na camada de APLICAÇÃO.
E o FRAMEWORK é a “alma” do ERP. É nesta camada que se realizam as parametrizações e/ou customizações, adequando o sistema ao modelo de negócios da empresa.
Os sistemas ERP são propositalmente modulares!
Isto permite maior controle operacional na medida em que os funcionários de um departamento somente acessam o módulo do departamento ao qual pertencem. Desta forma existe a garantia do sigilo das informações e a isto chamamos visão departamental.
Outra vantagem é o fato que a empresa pode ativar somente os módulos que interessam, não havendo necessidade de contratação de todos os módulos do sistema caso somente alguns façam sentido para o seu negócio. Por exemplo, uma empresa prestadora de serviços de contabilidade pode contratar somente o módulo contábil; outra empresa que somente realize vendas e não mantêm estoque, pode contratar somente os módulos de orçamento, vendas, faturamento e contas a receber. Em fim o que realmente agregar valor para o negócio.
Outra característica importante do ERP é a segmentação.
Assim como existem empresas de diversos segmentos, em muitos ERPs também existe a possibilidade de se ativar módulos específicos para atender estas particularidades. Uma empresa de saúde difere operacionalmente de uma loja de varejo, ambas possuem processos específicos, além de serem fiscalizadas por órgãos distintos. Neste exemplo, a visão departamental atende as especificações gerais. No entanto serão necessários módulos específicos para atender adequadamente algum processo do segmento.
O ERP de fato é uma ferramenta que agrega valor ao seu negócio na medida em que todo o histórico de dados é armazenado de forma segura e estruturada, permitindo a qualquer tempo a extração de informações gerenciais tais como: "Quais produtos vendem mais?; Quem são nossos melhores clientes?; Qual a margem deixada por cada produto; Quais produtos você deve descartar?; Que filial traz mais resultado? etc,.
De mão deste tipo de informações pode-se refinar o plano estratégico da empresa aumentando a competitividade e seu marketshare.
Principais benefícios alcançados com a implantação de um sistema ERP.
Fonte: Colangelo Filho (2001, p.53)
Gilberto L Ferreira é (Administrador, Especialista e Governança de TI e Gerente de Projetos de TIC).
Gilbertoglopes64@gmail.com
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