Fernanda Ramiro - Fonoaudióloga

11 de fev de 2018

FONOnews | Será que estou ficando surdo?

Devido a uma rotina muito agitada do nosso dia-a-dia acabamos sofrendo alguns traumas indesejados e que vem avançando aos poucos na vida da maioria das pessoas que vivem nos centros urbanos. Muitos desses problemas acontecem quando queremos fugir de alguns ruídos locais e colocamos nosso fone com volume muito alto, a fim de substituir o barulho.

O barulho do trânsito pode afetar e muito nossa audição. A balada do final e semana. A sequência de sons altos. Tudo isso pode causar deficiência auditiva. Aqui embaixo temos nosso infográfico onde vamos conferir juntos alguns dados que ajudam a explanar a nossa visão sobre este assunto de deficiência auditiva que é muito sério. Podemos definir que a perda parcial ou total é causada devido a formação irregular do sistema auditivo (causa genética), lesão na orelha ou no sistema que compõe nosso sistema auditivo.

No Brasil, a deficiência auditiva atinge mais de 9,7 milhões de pessoas. Podemos dizer que sempre temos algum conhecido que é surdo ou não escuta direito, seja ele vizinho, parente ou amigo. Desse número total de deficientes auditivos, 2 milhões sofrem de perda auditiva severa. Já nesse caso, o uso de aparelho auditivo se torna essencial para escutar outra pessoa.

Outros dados interessantes são que 1,7 milhões de pessoas tem uma dificuldade de escutar e 344,2 mil pessoas são surdas. Outras 7,5 milhões de pessoas tem muita dificuldade de escutar.

A deficiência auditiva se faz presente em 1 milhão de crianças com 1 ano a jovens de 19 anos. O censo revela também que boa parte desse número de pessoas que possui deficiência auditiva se concentra nos centros urbanos com o número de 6,7 milhões.

Analisando o globo como um todo, a deficiência auditiva está presente em 16% da população mundial.

Níveis de deficiência auditiva

Perda auditiva Leve (de 26 à 40 Decibéis): quem sofre com deficiência auditiva neste nível, encontra dificuldades em entender sons suaves e falas em ambiente com algum tipo de ruído local.

Perda auditiva Moderada (de 40 à 70 decibéis): ouvir sons baixos ou moderadamente altos já começa a ser mais difícil e conversar com algum ruído de fundo torna o dialogo quase que impossível de entender.

Perda auditiva Severa (de 71 à 90 decibéis): só é possível ouvir sons bem altos, mas para uma conversa é impossível manter uma comunicação, a não ser que a outra pessoas fale gritando bem alto.

Perda auditiva Profunda: o uso do aparelho é fundamental e barulhos, só aqueles que forem muito alto mesmo.

Tipos de deficiências auditivas

Vamos classificar aqui os três tipos existentes de deficiência auditiva e mostrar o que cada uma significa, qual tratamento e se é reversível ou não.

Condutiva: Esse caso é Reversível e é causada por algum problema no ouvido externo ou médio e sua função é conduzir o som até o ouvido. Com apenas cuidados médicos é possível curar.
 

 
Acúmulo de cera no canal auditivo gera a perda de audição, outros casos podem ser as otites.

Neurossensorial: tipo de deficiência irreversível. Quando ocorrido uma deficiência do ouvido interno o nome é Neurossensorial. Geralmente é genético e é irreversível, mas nem sempre deixa surdo completamente. Existe dificuldade de entender as variações do som.

Algumas doenças, como rubéola, varíola ou toxoplasmose, e medicamentos tomados pela mãe durante a gravidez podem causar rebaixamento auditivo no bebê.

Na fase adulta, meningite, sarampo e caxumba deixam esse tipo de sequelas. Infecções prolongadas e volumes altos nos fones acarretam esse tipo de problema também.

Mista: Quando ocorre os dois tipos de deficiência auditiva com a mesma pessoa.

Como reconhecer a Doença
 

 
• Quando a pessoa não consegue mais entender direito o que a outra diz.
 

 
• Quando começa a achar que o outro está falando muito baixo.
 

 
• Surge a necessidade de aumentar o som da TV ou rádio porque acha que está muito baixo o volume.
 

 
• Acaba dando respostas erradas porque não entendeu nada do que a outra pessoa disse.
 

 
• Pede para repetir com muita frequência o que a outra pessoa acabou de falar umas 10 vezes.
 

 
• Não consegue ouvir sons que todo mundo da sua casa consegue ouvir.
 

 
• Quando a pessoa percebe surgimento de zumbido no ouvido.
 

 
• Você ouve, mas não entende o que as pessoas falam.
 

 
• Se isola porquê não escuta mais nada do que as pessoas falam.

O que Fazer?
 

 
Faça o cheklist acima e se você se enquadra em alguma dessas questões é hora de encontrar um especialista em Otorrinolaringologia ou Fonoaudiologia o quanto antes, a fim de resolver o seu problema.

Necessário fazer alguns testes de audição e outros exames mais específicos para localizar a doença e assim começar um tratamento.

Depois de constatado a deficiência auditiva, o médico otorrino vai propor qual o melhor tratamento para cada caso. No caso do aparelho auditivo, existem aparelhos especificos para a necessidade d Imagem inline 1
 

 
e cada pessoa.

Fernanda C.Ramiro é Fonoaudióloga
 

 
fernandaramiro1@gmail.com

#Surdez #Fonoaudiologia